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Bancos públicos ajudaram no combate à crise, diz Ipea

Estudo feito pelo instituto mostrou que os bancos estatais aumentaram o crédito em 30%, enquanto os privados diminuíram a quantidade de dinheiro disponível

Agência da Caixa: aumento de crédito desde o início da crise em 2008 (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)
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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 17h21.

Brasília - Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirmou que os bancos públicos federais tiveram atuação anticíclica durante a crise financeira mundial e permitiram que o crédito continuasse crescendo de forma acelerada no Brasil. Divulgado hoje (10), o documento mostrou que, desde 2008, os créditos concedidos por bancos estatais subiram acima de 30%, enquanto as intuições financeiras privadas reduziram o ritmo de aumento dos financiamentos de 25% para 10%.

O estudo analisou a concessão de crédito dos bancos federais para os setores industrial, agrícola e de habitação, além da atuação das instituições durante a crise iniciada em 2008. Só os empréstimos para a compra da casa própria crescem cerca de 40% ao ano, desde então, impulsionados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

“Independentemente do componente social do Minha Casa, Minha Vida, o programa foi uma das medidas de contenção da crise, e se mostrou eficiente. Em 2009, os empréstimos habitacionais cresceram 55%, o que estimulou fortemente a produção nacional”, informou o técnico de planejamento e pesquisa do órgão, Victor Leonardo de Araujo.

Entre 2001 e 2004, o percentual de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) variava entre 25 e 26%. A partir de 2005, essa proporção foi aumentando até atingir 44% em 2009. Em 2010, o país disponibilizou em crédito valor correspondente a 46%, percentual já superado no acumulado até maio de 2011, quando o crédito já representava 47% do PIB.

“O Brasil vive, desde 2004, um ciclo inédito de aumento ininterrupto do crédito. Até 2007, os [bancos] privados puxavam os financiamentos. Em 2008, a curva se inverteu, o crédito dos bancos privados desacelerou fortemente e o crescimento foi sustentado pela atuação anticíclica das instituições públicas”, explicou Araujo.

Segundo ele, os bancos públicos atuam também em segmentos que estão fora dos setores mais capitalizados do agronegócio, como a agricultura familiar. O estudo revela, ainda, que além de auxiliarem o governo em momentos de crise, os bancos públicos federais continuam tendo relevância nas políticas públicas de desenvolvimento econômico.

Houve aumento da participação privada na concessão de crédito rural, provocado principalmente pela elevação dos preços das commodities. No entanto, 55% do volume total continuam concentrados em instituições estatais. De acordo com o Ipea, 75% dos financiamentos na habitação são concedidos pelo setor financeiro público.

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Brasília - Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirmou que os bancos públicos federais tiveram atuação anticíclica durante a crise financeira mundial e permitiram que o crédito continuasse crescendo de forma acelerada no Brasil. Divulgado hoje (10), o documento mostrou que, desde 2008, os créditos concedidos por bancos estatais subiram acima de 30%, enquanto as intuições financeiras privadas reduziram o ritmo de aumento dos financiamentos de 25% para 10%.

O estudo analisou a concessão de crédito dos bancos federais para os setores industrial, agrícola e de habitação, além da atuação das instituições durante a crise iniciada em 2008. Só os empréstimos para a compra da casa própria crescem cerca de 40% ao ano, desde então, impulsionados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

“Independentemente do componente social do Minha Casa, Minha Vida, o programa foi uma das medidas de contenção da crise, e se mostrou eficiente. Em 2009, os empréstimos habitacionais cresceram 55%, o que estimulou fortemente a produção nacional”, informou o técnico de planejamento e pesquisa do órgão, Victor Leonardo de Araujo.

Entre 2001 e 2004, o percentual de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) variava entre 25 e 26%. A partir de 2005, essa proporção foi aumentando até atingir 44% em 2009. Em 2010, o país disponibilizou em crédito valor correspondente a 46%, percentual já superado no acumulado até maio de 2011, quando o crédito já representava 47% do PIB.

“O Brasil vive, desde 2004, um ciclo inédito de aumento ininterrupto do crédito. Até 2007, os [bancos] privados puxavam os financiamentos. Em 2008, a curva se inverteu, o crédito dos bancos privados desacelerou fortemente e o crescimento foi sustentado pela atuação anticíclica das instituições públicas”, explicou Araujo.

Segundo ele, os bancos públicos atuam também em segmentos que estão fora dos setores mais capitalizados do agronegócio, como a agricultura familiar. O estudo revela, ainda, que além de auxiliarem o governo em momentos de crise, os bancos públicos federais continuam tendo relevância nas políticas públicas de desenvolvimento econômico.

Houve aumento da participação privada na concessão de crédito rural, provocado principalmente pela elevação dos preços das commodities. No entanto, 55% do volume total continuam concentrados em instituições estatais. De acordo com o Ipea, 75% dos financiamentos na habitação são concedidos pelo setor financeiro público.

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