Economia

Bancos italianos podem vender até €16 bi em dívidas podres

Bancos italianos estão se preparando para vender entre 10 bilhões de euros e 16 bilhões de euros em empréstimos podres durante os próximos dois anos


	Bancos italianos: vendas de dívidas podres marcariam passo na direção certa, mas ainda há um longo caminho
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Bancos italianos: vendas de dívidas podres marcariam passo na direção certa, mas ainda há um longo caminho (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 12h03.

Milão - Bancos italianos estão se preparando para vender entre 10 bilhões de euros e 16 bilhões de euros em empréstimos podres durante os próximos dois anos, visando liberar capital para apoiar novos empréstimos a companhias e famílias e para melhorar o lucro, mostrou uma pesquisa da Deloitte.

Isso representaria até 10 por cento de um recorde de 166 bilhões de euros (226,43 bilhões de dólares) de empréstimos vencidos nos balanços dos bancos, acumulados como resultado de uma recessão de dois anos na Itália, sua pior em 70 anos.

As vendas de dívidas podres marcariam um passo na direção certa, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Relutante em contabilizar muitos prejuízos, os bancos do país venderam até agora apenas 5,7 bilhões de euros de empréstimos podres desde o início de 2013, uma fração do total.

A maioria dos bancos espera que os empréstimos vencidos continuem a crescer até 2016, de acordo com a pesquisa da Deloitte com 25 dos maiores bancos comerciais da Itália mostrada à Reuters com exclusividade.

O aumento em dívidas podres reflete o impacto da fraca economia italiana, que faz com que seja difícil para clientes de varejo e pequenas companhias pagar os empréstimos a tempo.

A Deloitte espera que os empréstimos podres alcancem 188,5 bilhões de euros em 2016.

Uma maneira de reduzir a pilha de dívidas podres é vendê-las abaixo do valor contábil para investidores que podem fazer dinheiro se a fortuna de quem tomou o empréstimo melhorar com o passar do tempo.

Acompanhe tudo sobre:BancosDívidas empresariaisEuropaFinançasItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Economia

Com mais renda, brasileiro planeja gastar 34% a mais nas férias nesse verão

Participação do e-commerce tende a se expandir no longo prazo

Dívida pública federal cresce 1,85% em novembro e chega a R$ 7,2 trilhões

China lidera mercado logístico global pelo nono ano consecutivo