Economia

Bancos britânicos precisam de £ 25 bi em capital extra

O Banco da Inglaterra defendeu que o objetivo imediato dos bancos seja reter pelo menos 7% em capital em relação aos ativos ponderados pelo risco até o fim de 2013


	Banco da Inglaterra: o anúncio de hoje está sendo acompanhado de perto por bancos e investidores, já que algumas instituições poderão ser forçadas a emitir novas ações
 (Paul Hackett/Reuters)

Banco da Inglaterra: o anúncio de hoje está sendo acompanhado de perto por bancos e investidores, já que algumas instituições poderão ser forçadas a emitir novas ações (Paul Hackett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 09h44.

Londres - Os bancos do Reino Unido precisam de 25 bilhões de libras (US$ 37,92 bilhões) em capital extra até o fim do ano para começar a cobrir um déficit de capital no setor superior a 50 bilhões de libras, afirmou nesta quarta-feira o Comitê de Política Financeira do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

O comitê, que monitora o sistema financeiro britânico e a economia de forma geral, defendeu que o objetivo imediato dos bancos seja reter pelo menos 7% em capital em relação aos ativos ponderados pelo risco até o fim de 2013, após três anos de ajustes para possíveis perdas com empréstimos inadimplentes, maiores riscos e os custos de condutas indevidas no passado.

Segundo o comitê, alguns bancos do país já excedem a meta, mas o rombo no setor era de 25 bilhões de libras no final de 2012.

Conhecido como FPC, o comitê, criado no ano passado como parte de uma revisão da regulação bancária do Reino Unido, não pode mencionar bancos individuais ao avaliar o setor financeiro.

O anúncio de hoje está sendo acompanhado de perto por bancos e investidores, já que algumas instituições poderão ser forçadas a emitir novas ações ou intensificar os planos de venda de ativos.


O FPC também informou que foi identificado um déficit em potencial de mais de 50 bilhões de libras nos maiores bancos do país.

Este valor é composto de 30 bilhões em possíveis perdas com empréstimos inadimplentes, 10 bilhões de libras em despesas extras por comportamento indevido - como o reembolso de clientes que compraram produtos de seguro falhos - e cerca de 12 bilhões para cobrir despesas adicionais relacionadas com o maior risco dos ativos.

Analistas estimam que o Royal Bank of Scotland, no qual o governo britânico tem participação de 81%, apresenta o maior déficit de todos. Como parte de um grande plano de reestruturação, o RBS está vendendo ativos e reduzindo certos negócios e, além disso, planeja listar 25% de sua subsidiária americana, o RBS Citizens Financial Group, até 2015.

No futuro, os bancos britânicos estarão sujeitos a testes de estresse periódicos, de acordo com o comitê. As informações são da Dow Jones.

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