Economia

Bancos brasileiros devem sofrer mais calotes, diz Moody's

No entanto, maioria dos bancos avaliados têm capital para lidar com os custos de provisionamento mais elevados, disse a agência de classificação de risco


	Moody's: agência prevê que o PIB brasileiro encolherá 1 por cento em 2015, no quarto ano seguido de expansão abaixo do potencial
 (Reprodução)

Moody's: agência prevê que o PIB brasileiro encolherá 1 por cento em 2015, no quarto ano seguido de expansão abaixo do potencial (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 14h31.

Com o enfraquecimento das perspectivas de recuperação econômica no Brasil, a qualidade dos ativos dos bancos no país deve deteriorar, com uma fatia maior dos empréstimos tornando-se irrecuperáveis, afirmou a Moody's em relatório nesta quinta-feira.

Mas a maioria dos 42 bancos avaliados têm capital suficiente para lidar com os custos de provisionamento mais elevados, disse a agência de classificação de risco.

Segundo a Moody's, os grandes bancos privados estão em geral bem preparado para uma deterioração na qualidade de ativos, e os riscos são maiores para os bancos estatais ou de médio porte.

"Os bancos públicos, que cresceram rapidamente nos últimos anos, podem ver os custos do crédito excederem o lucro em 2015 como o crescimento do país desacelerando e o custos com inadimplência subindo", disse a vice-presidente Ceres Lisboa.

Mas Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, ambos sob controle do governo federal, tem reservas suficientes para compensar os riscos, apesar da rentabilidade mais limitada do que a dos principais rivais privados, disse o relatório.

Num cenário de estresse, em que as despesas com provisões para calotes fossem 26 por cento maiores do que em 2014, HSBC Bank Brasil e o Banco Citibank teriam prejuízos, assim como vários bancos de médio porte e quatro bancos públicos.

A Moody's prevê que o PIB brasileiro encolherá 1 por cento em 2015, no quarto ano seguido de expansão abaixo do potencial.

Acompanhe tudo sobre:BancosCaloteEmpréstimosFinançasMoody's

Mais de Economia

Salário mínimo de R$ 1.518 em 2025 depende de sanção de nova regra e de decreto de Lula

COP29 em Baku: Um mapa do caminho para o financiamento da transição energética global

Brasil abre 106.625 postos de trabalho em novembro, 12% a menos que ano passado

Incertezas internas e externas derrubam confiança empresarial na Coreia do Sul