Banco Nacional Suíço gera tumulto financeiro
O banco surpreendeu com o anúncio do fim dos limites mínimos de câmbio para o franco suíço, o que provocou o "crack" da bolsa de Zurique
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 16h47.
Zuriqeu - O Banco Nacional Suíço (BNS) surpreendeu nesta quinta-feira com o anúncio do fim dos limites mínimos de câmbio para o franco suíço criados há mais de três anos.
A notícia provocou o "crack" da bolsa de Zurique e a valorização da moeda suíça.
Em um breve comunicado publicado nesta quinta-feira, o BNS, responsável pela política monetária do país, anunciou o abandono da taxa mínima de câmbio, que foi fixada em 1,20 franco por euro há mais de três anos, e a implementação de taxas negativas para os grandes depósitos em francos suíços, na tentativa de desestimular os especuladores.
Rapidamente, o franco suíço, em flutuação livre, subiu aproximadamente 30% em relação ao euro e ao dólar .
A bolsa suíça também despencou, pois a decisão do BNS encarece as exportações das empresas que negociam ações no sistema financeiro suíço. Até as 15H37 GMT (13H37 horário de Brasília) a bolsa havia registrado uma queda de 10,20%, a 8.258,50 pontos.
Em nota, os analistas do UBS avaliam que a medida reduzirá em 5 bilhões de francos suíços (5 bilhões de euros) as exportações suíças.
O crescimento da Suíça também pode ser afetado com uma queda de 0,7%, acrescenta a nota.
"Trata-se de um mini crack. A credibilidade do BNS está em jogo", disse Christopher Dembik, economista do Saxo Banque.
A decisão também tem repercussões diretas no exterior, sobretudo nos países do leste da Europa, onde foram feitos empréstimos imobiliários em francos suíços para financiar a compra de suas vivendas no início dos anos 2000.
Volatilidade no mercado de câmbio
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, confessou sua surpresa após a decisão da Suíça nesta quinta-feira de adotar o câmbio flutuante.
"Foi uma surpresa", disse Lagarde em uma entrevista à rede americana CNBC, pedindo uma maior cooperação e comunicação entre os bancos centrais.
A Suíça decidiu nesta quinta-feira intervir em seu mercado de cambial, abandonando as medidas que mantinham a moeda suíça artificialmente desvalorizada. A decisão provocou a queda da bolsa helvética e a apreciação do franco.
"Não manifesto minha opinião sobre a pertinência desta decisão porque não conversamos com o presidente do Banco Nacional de Suíça (BNS) Thomas Jordan", afirmou Lagarde, que disse que não foi informada da decisão pelas autoridades suíças.
"Espero que (esta decisão) tenha sido discutida com outros colegas de bancos centrais, mas acho que não foi o caso", completou.
Lagarde disse que haverá "maior volatilidade" nos mercados de câmbio mundiais em função das diferentes conjunturas econômicas enfrentadas pelos grandes bancos centrais.
Zuriqeu - O Banco Nacional Suíço (BNS) surpreendeu nesta quinta-feira com o anúncio do fim dos limites mínimos de câmbio para o franco suíço criados há mais de três anos.
A notícia provocou o "crack" da bolsa de Zurique e a valorização da moeda suíça.
Em um breve comunicado publicado nesta quinta-feira, o BNS, responsável pela política monetária do país, anunciou o abandono da taxa mínima de câmbio, que foi fixada em 1,20 franco por euro há mais de três anos, e a implementação de taxas negativas para os grandes depósitos em francos suíços, na tentativa de desestimular os especuladores.
Rapidamente, o franco suíço, em flutuação livre, subiu aproximadamente 30% em relação ao euro e ao dólar .
A bolsa suíça também despencou, pois a decisão do BNS encarece as exportações das empresas que negociam ações no sistema financeiro suíço. Até as 15H37 GMT (13H37 horário de Brasília) a bolsa havia registrado uma queda de 10,20%, a 8.258,50 pontos.
Em nota, os analistas do UBS avaliam que a medida reduzirá em 5 bilhões de francos suíços (5 bilhões de euros) as exportações suíças.
O crescimento da Suíça também pode ser afetado com uma queda de 0,7%, acrescenta a nota.
"Trata-se de um mini crack. A credibilidade do BNS está em jogo", disse Christopher Dembik, economista do Saxo Banque.
A decisão também tem repercussões diretas no exterior, sobretudo nos países do leste da Europa, onde foram feitos empréstimos imobiliários em francos suíços para financiar a compra de suas vivendas no início dos anos 2000.
Volatilidade no mercado de câmbio
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, confessou sua surpresa após a decisão da Suíça nesta quinta-feira de adotar o câmbio flutuante.
"Foi uma surpresa", disse Lagarde em uma entrevista à rede americana CNBC, pedindo uma maior cooperação e comunicação entre os bancos centrais.
A Suíça decidiu nesta quinta-feira intervir em seu mercado de cambial, abandonando as medidas que mantinham a moeda suíça artificialmente desvalorizada. A decisão provocou a queda da bolsa helvética e a apreciação do franco.
"Não manifesto minha opinião sobre a pertinência desta decisão porque não conversamos com o presidente do Banco Nacional de Suíça (BNS) Thomas Jordan", afirmou Lagarde, que disse que não foi informada da decisão pelas autoridades suíças.
"Espero que (esta decisão) tenha sido discutida com outros colegas de bancos centrais, mas acho que não foi o caso", completou.
Lagarde disse que haverá "maior volatilidade" nos mercados de câmbio mundiais em função das diferentes conjunturas econômicas enfrentadas pelos grandes bancos centrais.