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Banco da França prevê recessão no final do ano

Trata-se da primeira estimativa sobre 2012 emitida pelo Banco da França e é divulgada apenas seis dias antes das previsões do Instituto Nacional de Estatística (Insee)

Banco da França: se as estimativas se confirmarem, será a primeira recessão da economia francesa desde a crise de 2009 (Joel Robine/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 08h14.

Paris - O Banco da França prevê que o país entrará em recessão no final do ano, ao estimar uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no quarto trimestre, a mesma percentagem que no terceiro, informou nesta sexta-feira a entidade.

Trata-se da primeira estimativa que o Banco da França emite da conjuntura e que acontece dias antes de o Instituto Nacional de Estatística (INSEE) fazer a sua própria, que será divulgada no dia 15.

Se a previsão se confirmar, essa seria a primeira recessão da economia francesa desde a crise de 2009.

O dado coincide com o fornecido também hoje por esse organismo nacional sobre a queda de 2,7% da produção industrial francesa em setembro passado em relação ao mês anterior, após a alta de 1,9% registrada em agosto.

Em suas últimas previsões, o INSEE prenuncia uma estagnação da economia francesa nos dois últimos trimestres do ano e um crescimento de 0,2% no conjunto do ano, um décimo a menos do que o previsto pelo governo.

Em sua nota de conjuntura, o Banco da França relata uma nova baixa em outubro da produção industrial do país, 'devido principalmente à persistente redução da atividade no setor do automóvel'.

Além disso, a entidade calcula que a demanda à indústria francesa ainda esteja em um nível 'insuficiente' e que as previsões dos empresários para o mês de novembro se baseiem em cenários de 'ligeira redução da atividade'.

No setor de serviços, o Banco da França reconheceu que a atividade se reduziu também em outubro, embora o panorama seja ligeiramente menos pessimista que no setor da produção industrial.

Os dados do Banco da França foram divulgados três dias depois que o governo do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault anunciou medidas extraordinárias para recuperar a competitividade da economia francesa, com altas do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), corte do gasto público e redução da tributação das empresas para estimular a recuperação.

Os dados também foram divulgados na mesma semana em que a Comissão Europeia (CE) previu que a economia francesa crescerá 0,4% no próximo ano, a metade do prenunciado pelo governo, que a priori não seria capaz de cumprir com os compromissos de redução do déficit público estabelecidos com seus parceiros.

Em suas últimas previsões econômicas, em maio, Bruxelas previa que o Produto Interno Bruto (PIB) francês cresceria até 1,3% em 2013, estimativas agora revisadas para baixo.

Apesar dos dados de Bruxelas, o Executivo francês reiterou posteriormente que mantém suas previsões do crescimento do PIB para 2013 porque, afirmou, as previsões da Comissão Europeia não levaram em conta o impacto das medidas anunciadas nesta semana por Paris.

O governo francês prevê que o plano lhe permitirá elevar o PIB 0,5 pontos e criará cerca de 300 mil empregos.

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Paris - O Banco da França prevê que o país entrará em recessão no final do ano, ao estimar uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no quarto trimestre, a mesma percentagem que no terceiro, informou nesta sexta-feira a entidade.

Trata-se da primeira estimativa que o Banco da França emite da conjuntura e que acontece dias antes de o Instituto Nacional de Estatística (INSEE) fazer a sua própria, que será divulgada no dia 15.

Se a previsão se confirmar, essa seria a primeira recessão da economia francesa desde a crise de 2009.

O dado coincide com o fornecido também hoje por esse organismo nacional sobre a queda de 2,7% da produção industrial francesa em setembro passado em relação ao mês anterior, após a alta de 1,9% registrada em agosto.

Em suas últimas previsões, o INSEE prenuncia uma estagnação da economia francesa nos dois últimos trimestres do ano e um crescimento de 0,2% no conjunto do ano, um décimo a menos do que o previsto pelo governo.

Em sua nota de conjuntura, o Banco da França relata uma nova baixa em outubro da produção industrial do país, 'devido principalmente à persistente redução da atividade no setor do automóvel'.

Além disso, a entidade calcula que a demanda à indústria francesa ainda esteja em um nível 'insuficiente' e que as previsões dos empresários para o mês de novembro se baseiem em cenários de 'ligeira redução da atividade'.

No setor de serviços, o Banco da França reconheceu que a atividade se reduziu também em outubro, embora o panorama seja ligeiramente menos pessimista que no setor da produção industrial.

Os dados do Banco da França foram divulgados três dias depois que o governo do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault anunciou medidas extraordinárias para recuperar a competitividade da economia francesa, com altas do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), corte do gasto público e redução da tributação das empresas para estimular a recuperação.

Os dados também foram divulgados na mesma semana em que a Comissão Europeia (CE) previu que a economia francesa crescerá 0,4% no próximo ano, a metade do prenunciado pelo governo, que a priori não seria capaz de cumprir com os compromissos de redução do déficit público estabelecidos com seus parceiros.

Em suas últimas previsões econômicas, em maio, Bruxelas previa que o Produto Interno Bruto (PIB) francês cresceria até 1,3% em 2013, estimativas agora revisadas para baixo.

Apesar dos dados de Bruxelas, o Executivo francês reiterou posteriormente que mantém suas previsões do crescimento do PIB para 2013 porque, afirmou, as previsões da Comissão Europeia não levaram em conta o impacto das medidas anunciadas nesta semana por Paris.

O governo francês prevê que o plano lhe permitirá elevar o PIB 0,5 pontos e criará cerca de 300 mil empregos.

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