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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Jianhua, disse hoje que a instituição tem como meta encerrar 2010 atendendo 50 companhias de grande porte. O banco tem atualmente como clientes 20 empresas chinesas e brasileiras. "O banco está trabalhando de uma forma conservadora, não estamos buscando clientes agressivamente", afirmou, durante evento realizado na sede da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), em parceria com a Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (Cbcde).
De acordo com ele, o banco, que está no País desde o ano passado, iniciou com poucas atividades para conhecer o mercado e as leis brasileiras, mas, a partir do segundo semestre, ampliará a sua atuação, principalmente na área de importação e exportação. "Vamos fazer propagandas e anúncios publicitários sobre os serviços oferecidos pelo banco", declarou.
A partir do fim deste ano e ao longo de 2011, a instituição planeja oferecer financiamentos, empréstimos de capital de giro, derivativos e empréstimos sindicalizados. As principais áreas de interesse das empresas chinesas, segundo ele, são as de infraestrutura, relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016, e agrícola. "Consideramos financiar empresas chinesas que planejam comprar terras para plantio de tabaco e soja, produtos dos quais a China importa grandes volumes todos os anos", afirmou.
Varejo
Zhang não descartou a possibilidade de a instituição atuar como um banco de varejo no País. "Nesta primeira fase de desenvolvimento dos negócios ainda não temos intenção trabalhar com o varejo. Após a estabilização, provavelmente abriremos para o varejo e muito provavelmente em parceria com bancos locais."
O escritório do Banco da China em São Paulo é, por enquanto, o único da instituição na América do Sul. O banco, que entre 1949 e 1985 era responsável por todo o comércio exterior chinês, tem mais de 10 mil agências na China e 600 escritórios em todo o mundo. Seus ativos são superiores a US$ 1 trilhão. "A maioria das empresas chinesas com interesses em exportar, importar ou investir no Brasil são clientes do nosso banco, o que facilita os negócios", afirmou Zhang . "As empresas brasileiras não têm um conhecimento profundo do mercado chinês e nós podemos oferecer essa vantagem", disse.