Economia

Banco Central reduz para 2% previsão de crescimento do PIB de 2019

BC citou a fraqueza observada na atividade no fim do ano passado, consequências da tragédia de Brumadinho e menor perspectiva para a safra agrícola

Banco Central piorou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil a 2,0 por cento em 2019 (Mario Tama/Getty Images)

Banco Central piorou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil a 2,0 por cento em 2019 (Mario Tama/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de março de 2019 às 08h32.

Brasília — O Banco Central piorou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a 2,0 por cento em 2019, contra 2,4 por cento antes, citando a fraqueza observada na atividade no fim do ano passado, consequências da tragédia de Brumadinho (MG) e menor perspectiva para a safra agrícola neste ano.

Em seu Relatório Trimestral de Inflação, publicado nesta quinta-feira, o BC apontou que o ritmo mais fraco de recuperação econômica teve um papel menor nas suas reestimativas sobre os demais fatores.

"Essa revisão está associada à redução de carregamento estatístico de 2018 para 2019, resultante do crescimento no quarto trimestre de 2018 em magnitude menor do que esperada; aos desdobramentos da tragédia em Brumadinho sobre a produção da indústria extrativa mineral; às reduções em prognósticos para a safra agrícola; e, residualmente, à moderação no ritmo de recuperação", disse o BC.

Na prática, o BC alinhou sua estimativa à leitura do mercado, numa postura um pouco mais pessimista que a do Ministério da Economia, que previu uma expansão de 2,2 por cento do PIB neste ano em seu último relatório bimestral de receitas e despesas. Na pesquisa Focus mais recente, a expectativa dos economistas é de um avanço de 2,0 por cento do PIB em 2019.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrescimento econômicoPIB do Brasil

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto