Economia

Banco Central expressa preocupação com inflação

Segundo ata da reunião do Copom, o Banco Central está preocupado com o nível da inflação, atualmente em 6,75%

Banco Central: BC afirmou que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central: BC afirmou que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 08h56.

Rio de Janeiro - O Banco Central está preocupado com o elevado nível da inflação, atualmente em 6,75%, segundo a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada e divulgada nesta quinta-feira.

O BC afirmou que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" para evitar que a inflação se mantenha elevada nos próximos meses.

Segundo a ata, o Banco Central considera que os preços estão sofrendo um processo de "realinhamento" em função da desvalorização do real frente ao dólar ocorrida nos últimos meses, o que tem "impacto direto" na inflação.

O BC assinalou que a inflação está sendo pressionada pelo "ajuste" dos preços controlados pelo governo, referência à alta das tarifas de energia, que aumentaram por causas climáticas e pela necessidade de se importar mais petróleo nos últimos meses.

O Banco Central também indicou que a política de aumento do salário mínimo "gera pressões inflacionárias", embora menores do que no passado.

De acordo com a ata, o consumo e os investimentos ganharam uma tendência de alta, o que unido à perspectiva de aumento das exportações devido à desvalorização do real, representa um palco cenário "propício" para a recuperação da economia brasileira.

Segundo dados oficiais, no segundo trimestre deste ano a economia se contraiu 0,6%, acumulando dois trimestres consecutivos de crescimento negativo e por isso entrou no que os analistas consideram uma "recessão técnica".

O governo calcula que a economia crescerá 0,9% no ano, embora o Banco Central rebaixe essa previsão para 0,6% e o mercado, mais pessimista ainda, situa o índice em 0,24%.

A inflação de 6,75% acumulada nos últimos doze meses supera o número considerado tolerável pelo governo, que é de 6,5%.

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