Economia

Banco Central do Brasil afirma que crescimento é gradual

A economia brasileira cresceu em 2012 apenas 0,9% e para este ano


	Alexandre Tombini: presidente do Banco Central destacou que indicadores conseguiram manter um saldo positivo apesar da crise financeira global e de seu impacto nas economias emergentes
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini: presidente do Banco Central destacou que indicadores conseguiram manter um saldo positivo apesar da crise financeira global e de seu impacto nas economias emergentes (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 15h14.

Brasília .- O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que o crescimento da economia do país é "gradual", porém "sustentado", e comentou que o "pessimismo" de muitos analistas "não se apoia na realidade".

A economia brasileira cresceu em 2012 apenas 0,9% e para este ano, o Governo diminuiu durante os últimos meses todas suas previsões que, de 4% em dezembro, caíram para 2,5%.

Tombini participou nesta terça-feira de uma audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na qual mostrou otimismo na expansão de 1,5% que a economia teve no segundo trimestre deste ano em comparação com o primeiro, dizendo que o número superou "todas as expectativas" dos analistas

O presidente do Banco Central admitiu que existe "preocupação" com a inflação, que o Governo calcula que fechará o ano em torno de 5,5%, mas afirmou que os preços estão em declive e reiterou que as autoridades têm "ferramentas" para controlar um eventual aumento.

Tombini também ressaltou que os "fundamentos" da economia brasileira "são sólidos" e levam a prever um cenário otimista tanto em curto, como a médio prazo.

"A indústria apresenta uma retomada gradual e o setor de serviços, embora com menos intensidade, segue em expansão", disse.


Entre outros indicadores positivos, Tombini citou o setor agrícola, que é um dos ponteiros do setor exportador, e disse que para este ano espera-se que sua produtividade aumente cerca de 15%.

Tombini também se referiu à baixa taxa de desemprego, que está situada em torno de 6%, e ao constante aumento do crédito, que foi acompanhado por uma redução dos índices de inadimplência.

O presidente do Banco Central destacou que esses indicadores conseguiram manter um saldo positivo apesar da crise financeira global e de seu impacto nas economias emergentes, como a brasileira.

No entanto, Tombini reiterou que o Brasil "se preparou para enfrentar a crise" e que, frente a essas turbulências, o país conta com seus "bons fundamentos macroeconômicos e suas reservas" monetárias, que hoje se situam em torno dos US$ 370 bilhões. 

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco Centraleconomia-brasileiraEconomistasMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Dieese: mais de 87% dos reajustes salariais negociados em maio ficaram acima da inflação

Otimista com o Brasil, Emirates expandirá voos no Rio e aumentará oferta de '4ª cabine'

Situação fiscal não será 'muleta' para não perseguir a meta de inflação, diz Galípolo

Mais na Exame