Economia

Bancários tentam estender greve para serviços de teleatendimento

A ideia é que os trabalhadores de centros técnicos de atendimento telefônico e informática também paralisem os trabalhos

Os bancários estão em greve há 11 dias (Antonio Cruz/ABr)

Os bancários estão em greve há 11 dias (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2011 às 15h02.

Brasília - Os bancários em greve tentam estender o movimento para os serviços de informática e de teleatendimento dos bancos. A ideia é fazer com que os trabalhadores de centros técnicos de atendimento telefônico e informática também paralisem os trabalhos.

Ontem (6), foram registradas interrupções no atendimento via internet no Itaú-Unibanco. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, atribui as interrupções à greve, mas o banco nega.

“O Itaú confirma a intermitência ocorrida no Internet 30 horas. Não há relação desse fato com o período de negociação salarial da categoria dos bancários. O problema já foi solucionado”, diz o banco, em nota.

De acordo com Cordeiro, a greve, que está no 11º dia, atinge mais de 8,7 mil agências bancárias, que estão fechadas. Segundo dados do Banco Central (BC), o total de agências em funcionamento no país é 20.073.

Cordeiro diz ainda que os bancos não deram resposta à carta enviada na última terça-feira (4). “Enviamos carta solicitando nova rodada de negociação e os bancos sequer responderam. O silêncio está levando ao aumento da greve”, diz Cordeiro. O presidente da Contraf enfatizou ainda que a greve não é “contra a população, é contra os bancos”.

Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações trabalhistas, disse que não há qualquer paralisação de área estratégica dos bancos e que a negociação com os bancários permanece. “A Fenaban fez duas propostas completas visando acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários. Portanto, não há razão para que a federação apresente nova contraproposta como querem os sindicalistas. O que se espera, agora, é que sejam discutidos os ajustes que levem ao acordo”, diz a nota.

Segundo a Contraf, os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, o que significa 0,56% de aumento real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8%, que representa aumento real de 5% mais inflação do período. A categoria quer também valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, entre outras reivindicações.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasGrevesItaúItaúsa

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor