Economia

Balança teve impacto no déficit das transações correntes

Transações correntes representam o resultado das compras e vendas de mercadorias e serviços entre o Brasil e o resto do mundo


	Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel: ele informou que, para o mês de novembro, a projeção é de saldo negativo de US$ 8 bilhões nas transações correntes
 (Wilson Dias/ABr)

Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel: ele informou que, para o mês de novembro, a projeção é de saldo negativo de US$ 8 bilhões nas transações correntes (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 12h06.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, atribuiu o déficit de US$ 8,131 bilhões nas transações correntes – o maior já ocorrido para meses de outubro – principalmente ao desempenho da balança comercial.

Ele informou que, para o mês de novembro, a projeção é de saldo negativo de US$ 8 bilhões nas transações correntes.

As transações correntes representam o resultado das compras e vendas de mercadorias e serviços entre o Brasil e o resto do mundo. A balança comercial é uma das variáveis que influi sobre o saldo.

Maciel destacou que, embora as exportações brasileiras continuem iguais em volume, os preços caíram, o que contribuiu para saldo deficitário em US$ 1,177 bilhão em outubro e negativo em US$ 1,873 bilhão no ano.

“A queda [nos preços das exportações], de janeiro a outubro, é 4,2%. O carro-chefe do processo é o minério de ferro. O preço recuou 20% [no período]. A soja teve queda de 5%. A celulose, de 8%, e o milho, de 23%”, enumerou Maciel.

Ele ressaltou que as importações também estão recuando, tanto em preço quanto em quantidade, o que resulta em corrente de comércio menor. Isso influi, por exemplo, nas contas de transportes.

Apesar do déficit mensal recorde, Maciel vê uma situação “confortável” nas transações correntes, já que a maior parte do financiamento para cobrir o saldo negativo segue vindo do Investimento Externo Direto (IED).

Direcionada ao setor produtivo, essa é considerada a melhor forma de financiamento, por ser de longo prazo. Em outubro, o IED somou US$ 4,979 bilhões, superando a previsão de que ficaria em US$ 4 bilhões.

Para novembro, a projeção é que atinja US$ 4 bilhões. Para o final do ano, o BC mantém, até o momento, previsão de déficit das transações correntes de US$ 80 bilhões. No entanto, a estimativa pode ser revista em dezembro.

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