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Balança comercial brasileira tem melhor janeiro desde 2007

Em janeiro, as exportações somaram 11,246 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 10,323 bilhões de dólares

Dólares: as exportações somaram 11,246 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 10,323 bilhões de dólares (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 15h47.

Brasília - A balança comercial brasileira abriu o ano no azul, com superávit de 923 milhões de dólares em janeiro, melhor resultado para o mês desde 2007, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O desempenho contrastou com o déficit de 3,17 bilhões de dólares no mesmo período de 2015, dando continuidade a uma sequência de resultados mensais positivos, obtidos com a queda nas importações em ritmo maior que nas exportações , em meio à crise econômica e fortalecimento do dólar frente ao real.

Em janeiro, as exportações caíram 13,8 por cento sobre um ano antes pela média diária, a 11,246 bilhões de dólares, ao passo que as importações sofreram um recuo de 35,8 por cento, a 10,323 bilhões de dólares.

Com isso, o saldo comercial para janeiro foi o mais forte desde 2007, quando a balança havia ficado positiva em 2,5 bilhões de dólares. O dado também ficou acima do superávit de 500 milhões de dólares estimado por especialistas consultados pela Reuters para o mês.

Após registrar superávit de 19,681 bilhões de dólares em 2015, o MDIC estimou em janeiro que o saldo neste ano ficaria novamente positivo, desta vez em cerca de 35 bilhões de dólares.

Economistas de instituições financeiras são ainda mais otimistas em relação a esse desempenho, enxergando um superávit de 37,9 bilhões de dólares para 2016, conforme pesquisa Focus mais recente.

Os números positivos na balança comercial, ainda que num reflexo da recessão, ajudam a diminuir o déficit de transações correntes do balanço de pagamentos no Brasil, tornando a economia menos dependente de financiamentos externos num momento de volatilidade global dos mercados.

Mudança

Esta foi a primeira vez que o MDIC publicou os dados da balança sob nova metodologia, mais alinhada com a adotada por organismos internacionais e que altera a forma de divisão das categorias de produtos em "bens de consumo", "bens intermediários" ou "bens de capital".

Não houve implicações para os valores gerais de exportação e importação.

Em nota divulgada na semana passada, o MDIC havia destacado que, na prática, os produtos classificados como "peças e partes de bens de consumo" e "peças e partes de bens de capital" serão agora incluídos dentro de "bens intermediários" e não mais em "bens de consumo" e "bens de capital".

Em janeiro, as exportações tiveram retração de forma generalizada, com recuo anual de 21,3 por cento em semimanufaturados, de 14,7 por cento em produtos básicos e de 8,3 por cento em manufaturados.

Na outra ponta, as importações também sofreram declínio em todas as categorias, com recuo de 60,6 por cento em combustíveis e lubrificantes e de 35,4 por cento em bens intermediários. Bens de consumo, por sua vez, caíram 28,8 por cento, enquanto a queda em bens de consumo foi de 21,8 por cento.

Texto atualizado às 16h47.

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Brasília - A balança comercial brasileira abriu o ano no azul, com superávit de 923 milhões de dólares em janeiro, melhor resultado para o mês desde 2007, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O desempenho contrastou com o déficit de 3,17 bilhões de dólares no mesmo período de 2015, dando continuidade a uma sequência de resultados mensais positivos, obtidos com a queda nas importações em ritmo maior que nas exportações , em meio à crise econômica e fortalecimento do dólar frente ao real.

Em janeiro, as exportações caíram 13,8 por cento sobre um ano antes pela média diária, a 11,246 bilhões de dólares, ao passo que as importações sofreram um recuo de 35,8 por cento, a 10,323 bilhões de dólares.

Com isso, o saldo comercial para janeiro foi o mais forte desde 2007, quando a balança havia ficado positiva em 2,5 bilhões de dólares. O dado também ficou acima do superávit de 500 milhões de dólares estimado por especialistas consultados pela Reuters para o mês.

Após registrar superávit de 19,681 bilhões de dólares em 2015, o MDIC estimou em janeiro que o saldo neste ano ficaria novamente positivo, desta vez em cerca de 35 bilhões de dólares.

Economistas de instituições financeiras são ainda mais otimistas em relação a esse desempenho, enxergando um superávit de 37,9 bilhões de dólares para 2016, conforme pesquisa Focus mais recente.

Os números positivos na balança comercial, ainda que num reflexo da recessão, ajudam a diminuir o déficit de transações correntes do balanço de pagamentos no Brasil, tornando a economia menos dependente de financiamentos externos num momento de volatilidade global dos mercados.

Mudança

Esta foi a primeira vez que o MDIC publicou os dados da balança sob nova metodologia, mais alinhada com a adotada por organismos internacionais e que altera a forma de divisão das categorias de produtos em "bens de consumo", "bens intermediários" ou "bens de capital".

Não houve implicações para os valores gerais de exportação e importação.

Em nota divulgada na semana passada, o MDIC havia destacado que, na prática, os produtos classificados como "peças e partes de bens de consumo" e "peças e partes de bens de capital" serão agora incluídos dentro de "bens intermediários" e não mais em "bens de consumo" e "bens de capital".

Em janeiro, as exportações tiveram retração de forma generalizada, com recuo anual de 21,3 por cento em semimanufaturados, de 14,7 por cento em produtos básicos e de 8,3 por cento em manufaturados.

Na outra ponta, as importações também sofreram declínio em todas as categorias, com recuo de 60,6 por cento em combustíveis e lubrificantes e de 35,4 por cento em bens intermediários. Bens de consumo, por sua vez, caíram 28,8 por cento, enquanto a queda em bens de consumo foi de 21,8 por cento.

Texto atualizado às 16h47.

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