Economia

Baixo crescimento europeu afeta emergentes, diz Mantega

A estratégia de crescimento em um cenário de crise é diferente de uma estratégia dentro de um cenário sem crise, para o ministro de Dilma

"Vamos continuar com um quadro de baixo crescimento e a alta da taxa de desemprego na Europa", disse Mantega (Antônio Cruz/Agência Brasil)

"Vamos continuar com um quadro de baixo crescimento e a alta da taxa de desemprego na Europa", disse Mantega (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 14h36.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira durante o Seminário Econômico Fiesp-Lide, em São Paulo, que a estratégia de crescimento em um cenário de crise é diferente de uma estratégia dentro de um cenário sem crise. Ele fez esta afirmação depois de ouvir queixas de empresários e economistas associados ao Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Entre os queixosos, falaram o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o economista e presidente do Lide, Paulo Rabello de Castro, que defenderam medidas para a retomada do crescimento.

Mantega fez questão de dizer para os empresários que os países em crise na Europa tomaram medidas que aliviam os problemas do setor bancário, mas que não resolveram os grandes problemas. "Vamos continuar com um quadro de baixo crescimento e a alta da taxa de desemprego na Europa", disse Mantega. Isso, segundo o ministro, tem afetado as economias emergentes e citou além da Índia, o próprio Brasil como economias que estão passando por desaceleração.

"É uma crise que começou diferente da de 2008, mas está gerando os mesmos efeitos deletérios", disse o ministro. Apesar disso, Mantega disse que o Brasil está mais preparado para enfrentá-la do que estava para enfrentar a crise de 2008.

Além do maior valor das reservas internacionais, ele lembrou que o governo brasileiro promoveu algumas mudanças de condução da política econômica. Entre elas, Mantega mencionou a redução da taxa básica de juros (Selic), que está em seu menor patamar histórico, a redução da taxa de juro real e a redução dos spreads bancários.

"Estamos com uma política monetária mais eficiente que opera o controle da inflação com juros cada vez menores e com reduções do spread. Estamos com política cambial mais ativa e que faz o real mais competitivo para a indústria", disse o ministro.

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