Economia

Baixa exportação de soja da Argentina pode pressionar EUA

Importadores globais esperam que uma grande safra nos EUA em 2013 possa aliviar o mercado mundial


	Produtores argentinos estão pouco dispostos a vender soja, uma vez insatisfeitos com a alta nas tarifas de exportação e com a taxa de câmbio, que jogam contra os agricultores
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Produtores argentinos estão pouco dispostos a vender soja, uma vez insatisfeitos com a alta nas tarifas de exportação e com a taxa de câmbio, que jogam contra os agricultores (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 12h35.

Hamburgo - As baixas exportações de soja da Argentina nesta temporada deverão elevar a demanda por exportações dos EUA e criar um aperto na oferta, disse a consultoria alemã Oil World nesta terça-feira.

Importadores globais de soja esperam que uma grande safra nos EUA em 2013 possa aliviar o mercado mundial depois de três anos de oferta apertada, mas uma queda projetada nas exportações da Argentina ameaça colocar mais pressão de alta nos preços.

Os preços da soja atingiram recordes históricos no ano passado, após uma seca nos EUA.

Os futuros da soja e do farelo nos EUA subiram fortemente nesta segunda-feira com processadores disputando estoques apertados, em meio a temores de que a disponibilidade possa ficar apertada antes da colheita no outono norte-americano. Estoques da safra antiga da soja, devem ficar no nível mais baixo em nove anos até 31 de agosto.

Produtores argentinos estão pouco dispostos a vender soja, uma vez insatisfeitos com a alta nas tarifas de exportação e com a taxa de câmbio, que jogam contra os agricultores, disse a Oil World.

"Vendas reduzidas por parte dos agricultores e poucas cargas enviadas aos portos estão atualmente colocando as exportações de soja da Argentina em níveis relativamente baixos." A Oil World estima que a Argentina irá exportar 4,5 milhões de toneladas de soja entre julho e setembro de 2013, ante 2,9 milhões de toneladas no mesmo período de 2012.

"Há uma grande risco de as exportações efetivas no trimestre de julho a setembro serem menores do que estamos atualmente projetando", disse a consultoria. "Na verdade, não se pode descartar que os embarques da Argentina acabem sendo de 500 mil a 1 milhão de toneladas abaixo da nossa estimativa atual." O Brasil deve ser o maior exportador de soja na temporada 2013/14, seguido dos EUA e da Argentina. No entanto, uma forte demanda pela soja brasileira deve fazer com que 96 por cento do volume vendido ao exterior sejam embarcados até o final de setembro de 2013, disse a Oil World.

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