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Austeridade perde força e isola Angela Merkel

A cinco meses das eleições parlamentares que definirão se ela permanece ou não à frente da chancelaria em Berlim, cada vez mais líderes políticos se afastam do discurso pró-rigor

Depois de três anos de hegemonia no discurso a favor das políticas de austeridade na Europa, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está cada vez mais isolada (Thomas Peter/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2013 às 15h13.

Paris - Depois de três anos de hegemonia no discurso a favor das políticas de austeridade na Europa, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , está cada vez mais isolada.

A cinco meses das eleições parlamentares que definirão se ela permanece ou não à frente da chancelaria em Berlim, cada vez mais líderes políticos se afastam do discurso pró-rigor. Das cinco maiores potências da zona do euro, quatro adotaram posições desenvolvimentistas: França, Itália, Espanha e Holanda.

Os sinais de que a paciência com a política de austeridade acabou na Europa vieram em massa ao longo da semana passada, quando o bloco viveu uma enxurrada de más notícias. Na Espanha e na Grécia, o desemprego ultrapassou os 27%, o nível mais elevado entre todos os países industrializados do planeta.

Na França e em Portugal, o número de trabalhadores fora do mercado também é recorde, contribuindo para um cenário desolador: 19 milhões de desempregados na zona do euro - ou 12% da população ativa -, um total de 5,6 milhões a mais em comparação a 2007. Ao mesmo tempo, o poder aquisitivo das famílias despenca nos países periféricos, com perdas de 20% na Irlanda e na Grécia.

O dado que provoca mais críticas, entretanto, é o fato de que mesmo com todo o esforço de rigor econômico, o déficit fiscal ainda é superior a 3% em nove dos 17 países da zona do euro - e na maioria as dívidas públicas continuam subindo.

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Na França e em Portugal, o número de trabalhadores fora do mercado também é recorde, contribuindo para um cenário desolador: 19 milhões de desempregados na zona do euro - ou 12% da população ativa -, um total de 5,6 milhões a mais em comparação a 2007. Ao mesmo tempo, o poder aquisitivo das famílias despenca nos países periféricos, com perdas de 20% na Irlanda e na Grécia.

O dado que provoca mais críticas, entretanto, é o fato de que mesmo com todo o esforço de rigor econômico, o déficit fiscal ainda é superior a 3% em nove dos 17 países da zona do euro - e na maioria as dívidas públicas continuam subindo.

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