Aumento do IPI deve reduzir comércio de importados em 40%
A projeção negativa foi feita hoje (10) pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2012 às 17h27.
São Paulo – A decisão do governo federal de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados de países não pertencentes ao Mercosul em 30 pontos percentuais, em vigor desde dezembro do ano passado, já produz resultados. A estimativa é que haja queda de 40% na comercialização de automóveis desse segmento em 2012.
A projeção negativa foi feita hoje (10) pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, durante a divulgação do balanço do setor. A redução também está sendo relacionada à alta do dólar. O aumento do IPI foi anunciado em 15 de setembro, mas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a medida precisou cumprir período de 90 dias para vigorar.
Segundo levantamento da Abeiva, no primeiro semestre deste ano, o emplacamento de carros importados no Brasil registrou queda de 21,6%, ante o mesmo período de 2011. A média de vendas caiu de 18.342 no segundo semestre de 2011 para 11.829 no primeiro semestre deste ano.
O impacto sobre os empregos diretos no país, segundo a Abeiva, é de menos 29% no comparativo entre 2011 e 2012, com redução de 10 mil postos de trabalho (35 mil para 25 mil).
“O crescimento de empregos na indústria nacional foi compensada pela perda [de postos de trabalho] na de importados”, disse Padovan, referindo-se ao melhor desempenho de vendas dos veículos nacionais, beneficiados pela redução do IPI.
O recolhimento de impostos gerados pela venda de carros importados também poderá sofrer queda de 40%, passando de R$ 6 bilhões para R$ 3,6 bilhões.
Padovan demonstrou preocupação com o cenário, mas disse que ainda espera que o governo traga uma solução até o final do mês. De acordo com ele, o Ministério da Fazenda estuda medidas de auxilio, que podem ir de cotas fixas de veículos importados - sem o aumento do IPI - a isenção do pagamento do imposto.
Embora represente uma fatia pequena do mercado de automóveis no Brasil (no mês de junho, somou apenas 3,3% dos emplacamentos), Padovan defende que a presença dos importados trazem uma competição saudável. “Estabelecemos padrões de tecnologia e inovação, incentivando a indústria nacional a investir”, disse.
São Paulo – A decisão do governo federal de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados de países não pertencentes ao Mercosul em 30 pontos percentuais, em vigor desde dezembro do ano passado, já produz resultados. A estimativa é que haja queda de 40% na comercialização de automóveis desse segmento em 2012.
A projeção negativa foi feita hoje (10) pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, durante a divulgação do balanço do setor. A redução também está sendo relacionada à alta do dólar. O aumento do IPI foi anunciado em 15 de setembro, mas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a medida precisou cumprir período de 90 dias para vigorar.
Segundo levantamento da Abeiva, no primeiro semestre deste ano, o emplacamento de carros importados no Brasil registrou queda de 21,6%, ante o mesmo período de 2011. A média de vendas caiu de 18.342 no segundo semestre de 2011 para 11.829 no primeiro semestre deste ano.
O impacto sobre os empregos diretos no país, segundo a Abeiva, é de menos 29% no comparativo entre 2011 e 2012, com redução de 10 mil postos de trabalho (35 mil para 25 mil).
“O crescimento de empregos na indústria nacional foi compensada pela perda [de postos de trabalho] na de importados”, disse Padovan, referindo-se ao melhor desempenho de vendas dos veículos nacionais, beneficiados pela redução do IPI.
O recolhimento de impostos gerados pela venda de carros importados também poderá sofrer queda de 40%, passando de R$ 6 bilhões para R$ 3,6 bilhões.
Padovan demonstrou preocupação com o cenário, mas disse que ainda espera que o governo traga uma solução até o final do mês. De acordo com ele, o Ministério da Fazenda estuda medidas de auxilio, que podem ir de cotas fixas de veículos importados - sem o aumento do IPI - a isenção do pagamento do imposto.
Embora represente uma fatia pequena do mercado de automóveis no Brasil (no mês de junho, somou apenas 3,3% dos emplacamentos), Padovan defende que a presença dos importados trazem uma competição saudável. “Estabelecemos padrões de tecnologia e inovação, incentivando a indústria nacional a investir”, disse.