Economia

Aumenta a preocupação do Fed com inflação fraca, diz ata

A ata mostrou o Fed cada vez mais pronto para começar a reduzir seu balanço patrimonial de US$ 4,2 tri de títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas

Fed: alguns membros argumentaram contra mais altas de juros até que dados confirmem que a inflação está avançando (foto/Getty Images)

Fed: alguns membros argumentaram contra mais altas de juros até que dados confirmem que a inflação está avançando (foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 15h39.

Washington - Os integrantes Federal Reserve pareceram cada vez mais cautelosos com a recente inflação fraca e alguns pediram interrupção no aumento da taxa de juros até que estivesse claro que a tendência era transitória, de acordo com ata da última reunião de política monetária do banco central norte-americano.

O documento do encontro, no qual os membros votaram por unanimidade para manter a taxa de juros, também mostrou o Fed cada vez mais pronto para começar a reduzir seu balanço patrimonial de 4,2 trilhões de dólares de títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas.

Na ata, divulgada nesta quarta-feira, as autoridades tiveram longa discussão sobre recente série de dados fracos de inflação. A alta dos preços tem permanecido abaixo da meta do banco central de 2 por cento há mais de cinco anos.

"Muitos participantes viram alguma probabilidade de que a inflação possa permanecer abaixo de 2 por cento por mais tempo do que atualmente esperam, e vários indicaram que os riscos ao cenário de inflação pode ser de baixa", informou o Fed na ata.

Alguns membros argumentaram contra mais altas de juros até que dados confirmem que a inflação está avançando de volta para o objetivo do Fed. Outras autoridades, no entanto, alertaram que tal demora pode provocar eventual alta forte da inflação "que provavelmente seria custosa para ser revertida".

Os membros votantes do comitê concordaram em monitorar a inflação de perto "à luz de suas preocupações com a recente desaceleração", apontou a ata.

O Fed elevou sua taxa de juros referencial duas vezes neste ano, contra apenas uma em cada um dos dois anos anteriores, em meio ao desemprego baixo e ao contínuo crescimento econômico moderado. O banco central projeta atualmente mais uma alta dos juros antes do fim deste ano.

Mas o recuo da inflação nos últimos meses provocou alguma inquietação de que o Fed poderia ter de desacelerar seu atual ritmo de aperto monetário, apesar de autoridades do banco central terem considerado essa fraqueza como algo transitório.

A medida preferida do Fed de inflação caiu a 1,5 por cento em junho, sobre 1,8 por cento em fevereiro.

As autoridades também mostraram que estão mais perto de começar a reduzir a carteira de títulos do banco central. Vários membros estavam preparados para anunciar a data de início na última reunião, mas o Fed decidiu aguardar "já que a maioria preferiu adiar essa decisão até um próximo encontro".

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