A esperada expansão da atividade industrial no Brasil praticamente estancou. Em fevereiro, as vendas reais da indústria de transformação caíram 0,94% em relação a janeiro, já retirados os efeitos sazonais (mês com menos dias, peculiaridades mensais do setor industrial, etc.) De acordo com o boletim da Confederação Nacional da Indústria (CNI), "essa queda dessazonalizada confirma a perda do ritmo de crescimento iniciada no segundo semestre de 2003".

Outras variáveis ligadas à produção industrial medidas pela CNI confirmam a estabilidade da atividade industrial em um patamar baixo. O nível de utilização da capacidade instalada permanece estagnado em 80% desde 2000. O número de horas trabalhadas também é estável e se mantém dentro da média nos últimos 12 meses. Em fevereiro caiu 0,27% em relação a janeiro.

O número de contratações da indústria também não sofreu alterações significativas. Em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2003, o total de trabalhadores cresceu apenas 0,12%. Em comparação a janeiro deste ano, houve um crescimento de 0,57%.

Segundo a CNI, uma notícia boa é a "firme trajetória de crescimento da massa salarial". O industriário parece começar a recompor em parte a sua remuneração, que acumulou, nos últimos onze meses, um crescimento de 7,9%, voltando ao patamar de meados de 2002.