Serviços: a contração mais rápida foi relatada nos subsetores de aluguéis e atividades de negócios (AndreyPopov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 10h46.
São Paulo - O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Brasil caiu para 48,4 em janeiro, vindo de 49,1 em dezembro, divulgou nesta quarta-feira, 4, o HSBC e a Markit. Foi a quinta queda na atividade nos últimos seis meses.
Segundo as instituições, as evidências vincularam os níveis mais baixos de atividade às condições econômicas frágeis e ao escândalo da Petrobras. Entre os subsetores monitorados, a contração mais rápida foi relatada no de aluguéis e atividades de negócios.
Em relatório, HSBC e Markit destacam que o volume de novos negócios recebidos pelo setor de serviços se manteve inalterado em janeiro, após dois meses consecutivos de expansão.
"Como resultado, a entrada de novos trabalhos cresceu por um ritmo mais fraco no setor privado como um todo, apesar de outro crescimento no setor industrial", destaca.
O número de funcionários do segmento, por sua vez, se expandiu pelo segundo mês consecutivo em janeiro. Apesar disso, a taxa de contratação se desacelerou em relação a dezembro, e foi modesta de um modo geral.
Mesmo com a estagnação no volume de novos negócios, pressões sobre a capacidade foram evidentes em relação ao segmento pelo segundo mês consecutivo no início de 2015. Contudo, o ritmo de acúmulo de pedidos em atraso ficou quase inalterado em relação ao mês anterior, e foi marginal de um modo geral.
Segundo HSBC e Markit, essa moderação levou a um crescimento mais acentuado, mas mesmo assim modesto, no setor privado como um todo. Os custos de insumos enfrentados pelas empresas do setor, por sua vez, aumentaram em janeiro em "ritmo robusto".
"O índice de Gerentes de Compras (PMI) HSBC Brasil do setor de serviços caiu de 49,1 em dezembro para 48,4 em janeiro. As empresas indicaram não somente a queda no ritmo de negócios mais intensa do que no final do ano passado, mas também indicaram que a alta da confiança observada em dezembro não se sustentou, com o índice de confiança retornando ao seu nível mais baixo desde setembro", afirma o economista-chefe do HSBC Brasil, André Loes, no relatório de divulgação.