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Arrecadação soma R$ 91 bi em junho, com alta de 0,13%

Número se manteve praticamente estável em termos reais em relação a igual período do ano anterior, após forte queda em maio

Economia: mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria 90 bilhões de reais no mês passado (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 10h55.

Brasília - A arrecadação federal atingiu em junho 91,387 bilhões de reais, praticamente estável em termos reais em relação a igual período do ano anterior, após forte queda em maio, ainda afetada pela desaceleração da economia e por renúncia tributária, informou a Receita Federal nesta quarta-feira.

Pesquisa Reuters feita com analistas mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria 90 bilhões de reais no mês passado, com as projeções variando entre 80 bilhões e 92 bilhões de reais.

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Em junho o recolhimento de impostos e contribuições foi afetado pela queda na produção industrial e pela baixa expansão da venda de bens e serviços, segundo do fisco federal.

Também pesou no resultado do mês passado a renúncia tributária de 8,545 bilhões de reais. Ainda assim a arrecadação conseguiu uma variação positiva de 0,13 por cento sobre maio.\ No mês, os principais tributos federais seguiram com baixo desempenho, com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação e o PIS/Pasep apresentando queda real em comparação a igual mês do ano passado de 2,79 por cento, 13,89 por cento e 1,63 por cento, respectivamente. Outros tributos também tiveram variação negativa.

No acumulado do ano até junho, a arrecadação somou 578,594 bilhões de reais, com aumento real de apenas 0,28 por cento em relação a igual período de 2013. No período, a renúncia tributária por desonerações diversas atingiu 50,705 bilhões de reais.

Neste cenário ruim, em um momento em que a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição, o governo tem sofrido para cumprir a meta de superávit primário --economia feita para pagamento de juros da dívida-- deste ano, de 99 bilhões de reais, ou 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 12 meses até maio, último dado disponível, essa economia estava em 1,52 por cento do PIB, aquém do objetivo estipulado para este ano.

Após esse resultado fiscal ruim, o Relatório de Despesas e Receitas divulgado na véspera pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento mostrou que o governo voltou a inflar a previsão de receita extraordinária para reforçar o caixa da União, prevendo 27,016 bilhões de reais entre julho e dezembro, acima dos pouco mais de 24 bilhões de reais esperados para o período de maio a dezembro.

Em uma trajetória descendente que já dura oito semanas, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 caiu a 0,97 por cento na pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira, contra 1,05 projetado anteriormente. No ano passado, o PIB cresceu 2,5 por cento.

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