Economia

Arrecadação federal sobe 12,87% e atinge nível recorde para setembro

O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de setembro da série histórica, que tem início em 1995

Arrecadação: o montante ainda representa um avanço real de 22,30% na comparação com os primeiros nove meses de 2020. (Bruno Domingos/Reuters)

Arrecadação: o montante ainda representa um avanço real de 22,30% na comparação com os primeiros nove meses de 2020. (Bruno Domingos/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2021 às 14h47.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 149 102 bilhões em setembro, novo recorde para o mês. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 12,87% na comparação com setembro do ano passado.

Em relação a agosto deste ano, houve crescimento real de 0,63% no recolhimento de impostos. O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de setembro da série histórica, que tem início em 1995.

O resultado veio acima da mediana de R$ 147,70 bilhões das expectativas do mercado financeiro na pesquisa Projeções Broadcast e dentro do intervalo das previsões (R$ 128,20 bilhões a R$ 151,50 bilhões).

Acumulado

No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 1,348 trilhão, também o maior volume para o período da série iniciada em 1995.

O montante ainda representa um avanço real de 22,30% na comparação com os primeiros nove meses de 2020.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 69,122 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, valor inferior ao do mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 74,646 bilhões.

Apenas no mês de setembro, as desonerações totalizaram R$ 7,474 bilhões, também abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 9,013 bilhões).

Guedes

Apesar da divulgação da arrecadação ter entrado na agenda desta terça-feira do ministro da Economia, Paulo Guedes, a pasta informou que ele não participará mais da entrevista.

O ministério não informou o motivo da ausência do ministro.

  • Juros, dólar, inflação, BC, Selic. Entenda todos os termos da economia e como eles afetam o seu bolso. Assine a EXAME 
Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGoverno BolsonaroImpostosMinistério da Economiaorcamento-pessoal

Mais de Economia

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'