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Arrecadação de impostos sobe 4% em setembro e atinge R$ 166,3 bilhões

Foi o maior valor já registrado para meses de setembro desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995

Receita Federal: o resultado representa aumento real de 4,07% na comparação com o mesmo mês do ano passado (Hillary Kladke/Divulgação)
AO

Agência O Globo

Publicado em 25 de outubro de 2022 às 15h49.

Última atualização em 25 de outubro de 2022 às 16h06.

A arrecadação do governo federal com imposto e demais receitas atingiu R$ 166,3 bilhões em setembro, informou nesta terça-feira a Secretaria da Receita Federal. O resultado representa aumento real de 4,07% na comparação com o mesmo mês do ano passado, ou seja, acima da inflação.

Foi o maior valor já registrado para meses de setembro desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995. A arrecadação tem batido recordes sucessivos nos últimos meses por conta da aceleração da economia e da inflação, que ajuda a ampliar as receitas.

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No acumulado dos primeiros nove meses deste ano a arrecadação federal somou R$ 1,63 trilhão, de acordo com o Fisco. Isso representa alta de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,49 trilhão), também já descontada a inflação. Os dados da Receita mostram que essa também foi a maior arrecadação para o período de janeiro a setembro de um ano desde o início da série histórica.

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O governo afirma que o desempenho da arrecadação está sendo marcado pelas receitas com imposto de renda e CSLL, o que é ligado à produção maior e também à alta de preços.

No acumulado do ano, esse "recolhimento atípico" apontado pela Receita Federal atingiu a marca dos R$ 37 bilhões, ante R$ 31 bilhões no mesmo período do ano passado. Analistas já apontaram o efeito da inflação sobre a arrecadação neste ano.

Em contrapartida, o governo lembrou que foram reduzidos tributos sobre combustíveis e sobre produtos industriais neste ano. Somente em setembro, o corte de impostos sobre combustíveis gerou perda de R$ 3,75 bilhões, e a redução do IPI de outros R$ 1,9 bilhão.

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, entretanto, a perda de receita dos cortes de tributos sobre combustíveis e produtos industriais somou R$ 26,1 bilhões. O governo reduziu impostos numa tentativa de frear a inflação e criar vitrines para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

A Receita Federal observou que o aumento dos juros básicos da economia nos últimos meses, atingindo 13,75% ao ano, maior patamar em seis anos, também impulsionou a arrecadação. Segundo o órgão, aumentou o recolhimento de IR sobre rendimentos de capital.

De janeiro a setembro, o IRRF sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 62,6 bilhões, com alta real de 62,8%.

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