Economia

Aprovação do governo Lula cresce sete pontos e atinge 62%

Segundo pesquisa da CNI e Ibope, a população ainda espera melhores resultados da economia, apesar da boa avaliação do governo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

A pesquisa da Confederação nacional da Indústria (CNI), feita em conjunto com o Ibope, confirma a recuperação da popularidade do governo Lula. A taxa de aprovação à sua administração cresceu sete pontos percentuais entre setembro e novembro, atingindo 62%. Em contrapartida, a desaprovação caiu de 36% para 30%.

Segundo a CNI, a redução do desemprego foi o fator que mais contribuiu para a recuperação da popularidade do governo. Em setembro, 36% dos entrevistados aprovavam a atuação de Lula no combate ao desemprego. No mês passado, essa taxa subiu para 40%.

A avaliação do governo também está melhor. A porcentagem dos que consideram a administração de Lula positiva (soma dos que consideram o governo ótimo ou bom) subiu de 38%, em setembro, para 41% no mês passado. Ao mesmo tempo, a avaliação negativa (total dos que o consideram ruim ou péssimo) baixou de 19% para 16%.

A avaliação melhorou em todos os segmentos pesquisados. Nas capitais, 39% dos entrevistados avaliaram o governo como ótimo ou bom e 18% o classificaram como ruim ou péssimo. No levantamento de setembro, as porcentagens eram, respectivamente, 33% e 22%.

Na periferia das cidades, onde as condições de vida são mais precárias e tornam a população mais crítica à atuação do poder público, as taxas também oscilaram positivamente. A avaliação positiva subiu de 29%% (ótimo ou bom) para 32%. Já a avaliação negativa (ruim ou péssimo) baixou de 29% para 23%.

Confiança

A imagem pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva também melhorou junto à população. A CNI informou que 63% dos entrevistados confiam no presidente, ante os 58% de setembro. Já os que não confiam no presidente representam 33% da amostra, contra 37% na última pesquisa.

O estudo também indicou uma ligeira melhoria da avaliação de Lula, em relação ao seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. No mês passado, 49% dos entrevistados informaram que Lula está fazendo um governo melhor que o de FHC, mesma taxa de resposta de setembro. Em compensação, a taxa dos que o consideram pior que o ex-presidente baixou de 20% para 17%. Já os que acham que o governo Lula é igual ao de FHC subiu de 28% para 31%.

Emprego

Apesar da boa avaliação de Lula e de seu governo, a CNI concluiu que os brasileiros ainda estão cautelosos quanto aos rumos da economia e aguardam resultados mais efetivos de melhoria de condições de emprego e renda, entre outros. Nos próximos seis meses, 52% acreditam que a inflação irá aumentar, contra 47% em setembro. O desemprego deve crescer para 43% dos entrevistados, praticamente a mesma taxa da pesquisa anterior (44%).

Quanto à renda, 29% dos entrevistados acreditam que a renda pessoal estará menor no curto prazo, contra 31% em setembro. Já a renda geral do país deve aumentar para 25% dos participantes, contra 24% na pesquisa anterior.

Na opinião de 51% dos participantes, Lula deve se concentrar sobretudo na geração de empregos, em 2005. O controle da inflação é prioritário apenas para 12% dos entrevistados. Outros 26% preferem que o governo eleve o nível dos salários e 9%, que melhore as condições sociais.

A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2 002 eleitores acima de 16 anos, em 140 municípios brasileiros, entre os dias 24 e 29 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais e o grau de confiança, de 95%.

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