Economia

Aporte do Tesouro será definido ainda neste mês, diz BNDES

Novos aportes do Tesouro Nacional para completar o funding do banco de fomento serão necessários


	Coutinho: ele repetiu importância de desenvolver fontes privadas de financiamento de longo prazo
 (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Coutinho: ele repetiu importância de desenvolver fontes privadas de financiamento de longo prazo (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 17h46.

Rio - A moderação nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano poderá ser menor do que a inicialmente prevista, afirmou nesta segunda-feira o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho.

Ainda assim, novos aportes do Tesouro Nacional para completar o funding do banco de fomento serão necessários.

O valor não está definido, mas o aporte deverá ocorrer ainda este mês, disse Coutinho.

"Precisamos assegurar que os investimentos tenham um desempenho satisfatório. Nos preocupa um pouquinho a desaceleração do crédito à pessoa jurídica por parte do sistema financeiro privado", afirmou Coutinho, na saída da abertura do XXVI Fórum Nacional, no Rio.

Em discurso na abertura, Coutinho repetiu a importância de desenvolver fontes privadas de financiamento de longo prazo.

"Queremos estimular a participação privada e queremos moderar um pouquinho (os desembolsos), mas sem prejudicar o investimento", completou o presidente do BNDES.

Segundo Coutinho, um aporte ainda este mês é "imprescindível".

"Está chegando um momento em que a necessidade de um aporte vai ser imprescindível. Estamos chegando a este momento ao longo deste mês", afirmou, sem citar valores.

Coutinho explicou apenas que "queremos o aporte necessário para manter os investimentos, sem que ele precise ser superior ao do ano passado". Em 2013, o BNDES recebeu R$ 39 bilhões do Tesouro.

A moderação nos desembolsos, informou Coutinho, já começou. Após forte crescimento na liberação de empréstimos em janeiro e fevereiro, o valor de março ficou "mais ou menos parelho" com março de 2013.

"Em parte, esse ritmo forte vem do ano passado (no primeiro bimestre). Já houve uma moderação do ritmo em março e abril", afirmou Coutinho.

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