Economia

ANP regulamentará possibilidade de reduzir royalties em campos maduros

Objetivo é permitir benefício quando a produção de um campo ultrapassar a previsão original em sua curva de referência

Petróleo: campos maduros têm 25 anos ou mais de produção ou possuem produção igual ou superior a 70% das reservas provadas (Ricardo Moraes/Reuters)

Petróleo: campos maduros têm 25 anos ou mais de produção ou possuem produção igual ou superior a 70% das reservas provadas (Ricardo Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de abril de 2018 às 17h02.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 17h12.

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta quarta-feira minuta de resolução que regulamentará a possibilidade de redução da cobrança de royalties em campos maduros de petróleo e gás, informou a autarquia em nota à imprensa.

O objetivo é permitir o benefício quando a produção de um campo ultrapassar a previsão original em sua curva de referência. São considerados campos maduros aqueles que têm 25 anos ou mais de produção ou que possuem produção igual ou superior a 70 por cento das reservas provadas.

A minuta de resolução entrará em consulta pública por 30 dias, a partir de sua publicação no Diário Oficial, e será seguida de audiência pública, de forma a dar transparência ao processo e ouvir todos os interessados no tema e a sociedade.

A ANP afirmou que, segundo a proposta, sobre a produção que estiver dentro da curva de referência do campo, irá incidir a alíquota atual de cada contrato. Na produção incremental, a alíquota poderá ser reduzida para até 5 por cento dependendo do volume adicional que for efetivamente produzido.

"A proposta tem como objetivo fomentar atividades em campos maduros, alavancando investimentos no curto prazo", disse a ANP em nota.

Para receber o incentivo, segundo a ANP, o operador deverá enviar solicitar à agência, acompanhada de uma revisão do Plano de Desenvolvimento da área, contendo dados como previsão de produção incremental, estimativas de investimentos e volumes recuperáveis, dentre outras informações.

(Por Marta Nogueira)

Acompanhe tudo sobre:ANPIndústria do petróleoPetróleoRoyalties

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto