Economia

Angola quer atrair investimentos de empresas brasileiras

País africano deve crescer 7,5% nos próximos quatro anos; agronegócio é uma das áreas de destaque

Especialista vê espaço para aumentar a produção de açúcar brasileiro em Angola (Cristiano Mariz/Exame)

Especialista vê espaço para aumentar a produção de açúcar brasileiro em Angola (Cristiano Mariz/Exame)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 17h59.

São Paulo - Com a estimativa de um crescimento de 7,5% no Produto Interno Bruto (PIB), nos próximos quatro anos, Angola está em busca de empresários brasileiros que queiram investir em habitação, construção civil, alimentos, bebidas, agronegócios e máquinas e equipamentos no país africano.

A informação foi dada hoje (18) pelo adido comercial daquele país, Mateus Barros José, durante o Seminário Mercado Foco Angola, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil) para mostrar aos interessados as oportunidades de negócios e como viabilizá-los.

“Angola está se reerguendo depois de passar por um período de guerra [civil]. E nesses 9 anos de paz com uma economia evoluindo queremos que empresas brasileiras pequenas e médias produzam localmente e possam gerar empregos”, disse o representante do país africano.

Dados da Apex-Brasil mostram as exportações para Angola cresceram de forma expressiva entre 1999 e 2010, passando de U$S 64 milhões para US$ 947 milhões. Em 2009, as vendas tinham atingido US$ 1,33 bilhão. De acordo com Barros José, no momento a pauta de exportações angolanas se restringem ao petróleo e aos diamantes, mas que há o desejo de recuperar posições em vários setores como o agronegócio. “Já exportamos café, sisal, milho e há potencial para produzir açúcar”.

O diretor de Negócios da agência, Rogério Bellini, destacou que o agronegócio é um dos setores com grandes chances de desenvolvimento nos acordos bilaterais. “O que nós queremos é atrair empresários que nunca exportaram, que já exportam para lá, mas não uma forma continuada e os que já estão lá e precisam internacionalizar suas empresas”. Segundo ele, a intenção é de que a participação brasileira naquele mercado cresça em torno de 20%. Bellini também informou que estão em andamento iniciativas para ampliar os intercâmbios de agronegócios com a Colômbia, Estados Unidos, Emirados Árabes e China.

Para o encontro promovido hoje o número de inscritos atingiu 265. Entre os presentes estava Mário Sérgio Bello, representante da empresa Tecnometali Comércio e Importação e Exportações, que presta serviços de informatização na área de segurança e comunicação, principalmente, para a área governamental. “ A princípio teremos ainda que submeter as chances de negócios com nossa equipe técnica porque lá o custo de vida é muito alto”, disse ele.

O coordenador de novos produtos da Apex-Brasil, Juarez Leal, disse que além de mostrar aos interessados as oportunidades de investimentos, a agência tem apresentado informações estratégicas, canais de negociação e um trabalho de consultoria. “A empresa que quer chegar nesse mercado tem um leque de opções”. Segundo ele, em encontros promovidos em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e, este em São Paulo, foram reunidos cerca de 400 empresários. Na próxima semana, haverá um encontro, no Ceará.

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