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Anfavea defende medidas de estímulo às exportações

Associação reclama da falta de incentivo, já que, de janeiro a setembro de 2010, déficit comercial foi de US$ 4,5 bi

Em 2005, 5% do mercado de carros eram importados; hoje, são 19,5% (Oscar Cabral/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 07h38.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, defendeu hoje a adoção de medidas de estímulo à exportação de produtos manufaturados. Questionado sobre quais medidas poderiam ser adotadas, o executivo falou apenas que é preciso melhorar a competitividade das empresas instaladas no País.

O executivo lembrou que de janeiro a setembro de 2010 a cadeia automotiva (incluindo autopeças) acumula um déficit comercial de US$ 4,5 bilhões, com importações de US$ 18,8 bilhões e exportações de US$ 14,3 bilhões. "Esse número é suficiente para acender a luz amarela em relação ao setor", afirmou.

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O presidente da Anfavea detalhou que em 2005 os veículos importados respondiam por 5% do mercado nacional e agora já representam 19,5%. As vendas externas, por sua vez, caíram para uma parcela de 17,5% da produção, ante 30% em 2005.

O executivo ressaltou que o aumento nas exportações em valores no acumulado de janeiro a outubro deve-se à comparação com uma base fraca, visto que no mesmo período de 2009 o setor ainda sofria reflexos da crise financeira internacional. Segundo dados da Anfavea, as vendas externas do setor automotivo (excluindo autopeças) nos dez primeiros meses deste ano subiram 61,1%, para US$ 10,54 bilhões. "Esse número ainda é inferior ao registrado no acumulado do mesmo período de 2008, de US$ 12 bilhões", ressaltou.

Questionado sobre o possível retorno da CPMF, Belini afirmou que é contra qualquer aumento de imposto. "Prejudicará ainda mais a nossa competitividade. O que esperamos é uma redução da carga tributária", disse.

Estoque

Os estoques da indústria e das concessionárias de automóveis somaram 299.546 unidades em outubro, o que representa 30 dias de vendas, segundo informações da Anfavea. Em setembro, o número era de 312.261 unidades, ou 31 dias de vendas.

Segundo a entidade, a indústria encerrou outubro com 92.274 unidades em estoque, o equivalente a nove dias de vendas. No mês anterior eram 97.823 unidades ou 10 dias de vendas. Nas concessionárias, os estoques somaram 207.272 unidades em outubro ou 21 dias de vendas, ante 214.438 unidades de setembro (também 21 dias).

Para o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, o número total de 30 dias é normal para o período, visto que o setor se prepara para as vendas de final de ano. "As empresas estão a todo vapor para atender a demanda do mercado", afirmou.

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