Elevação da Selic terá efeito pequeno no crédito, diz Anefac
Decisão de subir a Selic para 11,00% foi anunciada na noite desta quarta pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 20h47.
São Paulo - A elevação da taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto porcentual terá um efeito "muito pequeno" nas operações de crédito, de acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A decisão de subir a Selic de 10,75% para 11,00% ao ano foi anunciada na noite desta quarta-feira, 2, pelo Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) e ficou em linha com a maior parte das estimativas dos analistas consultados pelo AE-Projeções.
Segundo o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, há um grande "descolamento" entre a Selic e os juros praticados junto aos consumidores. A instituição estima que, com a nova Selic, a taxa média de juros para pessoa jurídica passará de 3,32% ao mês (48,04% ao ano) para 3,34% ao mês ou 48,38% ao ano.
Na linha de crédito de capital de giro, por exemplo, a taxa iria de 1,74% ao mês (23,00% ao ano) para 1,76% (23,29% ao ano). Quando a Selic estava em 10,75% ao ano, os juros pagos num empréstimo de capital de giro pelo prazo de 90 dias, no valor de R$ 50 mil, somavam R$ 2.655,68. Já com a Selic em 11,00%, os juros desembolsados sobem para R$ 2.686,74, uma alta de R$ 31,06, conforme simulação feita pela Anefac.
Ainda no mercado de pessoa jurídica, a Anefac informou que, na linha de crédito de desconto de duplicatas, a taxa de juros deve avançar de 2,41% (33,08% ao ano) para 2,43% ao mês (33,39% ao ano), enquanto na conta garantida haveria variação de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) para 5,84% ao mês (97,61% ao ano).
Com a nova Selic, a taxa de juros média para pessoa física, nas contas da Anefac, vai subir dos atuais 5,82% ao mês - ou 97,05% ao ano - para 5,84% ao mês, o equivalente a 97,49% ao ano.
A variação prevista também é pequena ao considerar apenas os juros praticados no comércio, que, de acordo com a Anefac, passam de 4,46% ao mês (68,81% ao ano) para 4,48% ao mês (69,20% ao ano). O mesmo acontece com cartão de crédito (de 10,08% ao mês ou 216,59% ao ano para 10,10% e 217,28%); cheque especial (de 8,08% ou 154,06% para 8,10% ou 154,63%); CDC bancos - financiamento de veículos (de 1,75% ou 23,14% para 1,77% ou 23,43%); empréstimo pessoal - bancos (de 3,30% ou 47,64% para 3,32% ou 47,98%); e empréstimo pessoal - financeira (de 7,22% ou 130,84% para 7,24% ou 131,36%).
A Anefac simulou a compra de um veículo de R$ 25 mil, a ser pago em 60 meses, pela linha CDC bancos para financiamento de automóveis. Com a mudança da Selic de 10,75% ao ano para 11%, o valor da parcela passa de R$ 676,33 para R$ 679,71 e o valor total pago sobe de R$ 40.580,04 para R$ 40,782,81.
São Paulo - A elevação da taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto porcentual terá um efeito "muito pequeno" nas operações de crédito, de acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A decisão de subir a Selic de 10,75% para 11,00% ao ano foi anunciada na noite desta quarta-feira, 2, pelo Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) e ficou em linha com a maior parte das estimativas dos analistas consultados pelo AE-Projeções.
Segundo o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, há um grande "descolamento" entre a Selic e os juros praticados junto aos consumidores. A instituição estima que, com a nova Selic, a taxa média de juros para pessoa jurídica passará de 3,32% ao mês (48,04% ao ano) para 3,34% ao mês ou 48,38% ao ano.
Na linha de crédito de capital de giro, por exemplo, a taxa iria de 1,74% ao mês (23,00% ao ano) para 1,76% (23,29% ao ano). Quando a Selic estava em 10,75% ao ano, os juros pagos num empréstimo de capital de giro pelo prazo de 90 dias, no valor de R$ 50 mil, somavam R$ 2.655,68. Já com a Selic em 11,00%, os juros desembolsados sobem para R$ 2.686,74, uma alta de R$ 31,06, conforme simulação feita pela Anefac.
Ainda no mercado de pessoa jurídica, a Anefac informou que, na linha de crédito de desconto de duplicatas, a taxa de juros deve avançar de 2,41% (33,08% ao ano) para 2,43% ao mês (33,39% ao ano), enquanto na conta garantida haveria variação de 5,82% ao mês (97,16% ao ano) para 5,84% ao mês (97,61% ao ano).
Com a nova Selic, a taxa de juros média para pessoa física, nas contas da Anefac, vai subir dos atuais 5,82% ao mês - ou 97,05% ao ano - para 5,84% ao mês, o equivalente a 97,49% ao ano.
A variação prevista também é pequena ao considerar apenas os juros praticados no comércio, que, de acordo com a Anefac, passam de 4,46% ao mês (68,81% ao ano) para 4,48% ao mês (69,20% ao ano). O mesmo acontece com cartão de crédito (de 10,08% ao mês ou 216,59% ao ano para 10,10% e 217,28%); cheque especial (de 8,08% ou 154,06% para 8,10% ou 154,63%); CDC bancos - financiamento de veículos (de 1,75% ou 23,14% para 1,77% ou 23,43%); empréstimo pessoal - bancos (de 3,30% ou 47,64% para 3,32% ou 47,98%); e empréstimo pessoal - financeira (de 7,22% ou 130,84% para 7,24% ou 131,36%).
A Anefac simulou a compra de um veículo de R$ 25 mil, a ser pago em 60 meses, pela linha CDC bancos para financiamento de automóveis. Com a mudança da Selic de 10,75% ao ano para 11%, o valor da parcela passa de R$ 676,33 para R$ 679,71 e o valor total pago sobe de R$ 40.580,04 para R$ 40,782,81.