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Aneel revisa para baixo custos da energia

Preço da energia de curto prazo está diretamente relacionado ao rombo do setor de distribuição, que já exigiu empréstimos que somam R$ 17,8 bilhões

Agência prevê menor consumo de eletricidade por causa de lentidão na economia brasileira (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 11h26.

Brasília - A lentidão da economia brasileira levou a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) a revisar os custos da energia elétrica em função do menor consumo de eletricidade previsto para este e para os próximos anos.

Com menos carga a ser atendida, o custo marginal de operação (CMO) também fica menor, o que irá reduzir o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD).

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Até então, o órgão regulador e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) utilizavam a projeção do Banco Central de um crescimento médio do PIB brasileiro de 4,4% ao ano entre 2014 e 2018.

Mas agora essa estimativa foi reavaliada para uma expansão média de 3,5% ao ano nesse período. Com isso, o consumo previsto para 2014 deve ser 1.207 megawatts (MW) médios inferior ao estimado anteriormente, caindo de 65.917 MW médios para 64.710 MW médios.

Para 2015, a carga prevista será 1.648 MW médios menor, seguindo o mesmo raciocínio para 2016 (-1.655 MW médios), 2017 (-1.545 MW médios) e 2018 (-1.496 MW médios).

De acordo com a Aneel, o custo marginal de operação de agosto sofrerá um desconto de R$ 160 por MW/h. Como o CMO é um dos fatores que entram na fórmula de cálculo do preço da energia no mercado de curto prazo, o PLD também ficará mais barato a partir da próxima semana.

"Não se trata de uma questão de erro no cálculo anterior, mas de uma atualização de parâmetros. Por isso não cabe recalcular o PLD passado, mas sim aplicar os novos valores a partir de agora", explicou o diretor da agência, André Pepitone.

O preço da energia de curto prazo está diretamente relacionado ao rombo do setor de distribuição, que já exigiu empréstimos que somados chegam a R$ 17,8 bilhões em 2014.

Esse custo passou a maior parte do ano perto do teto de R$ 822 por MW/h, pressionando as contas das empresas de distribuição, uma vez que os valores só serão repassados para as contas de luz a partir de 2015. Na segunda semana de agosto, o PLD médio ficou em R$ 809,43 por MW/h.

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