Economia

Aneel amplia leilão e eleva receitas teto em 10,2%

Os vencedores terão entre 42 e 60 meses para construir as linhas após a assinatura dos contratos, estimada para novembro


	Energia: as linhas licitadas demandarão 12,6 bilhões de reais para serem construídas
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia: as linhas licitadas demandarão 12,6 bilhões de reais para serem construídas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 10h19.

São Paulo  - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ampliou o número de projetos e a receita do leilão de concessões de linhas de transmissão de eletricidade agendado para 2 de setembro, que tentará atrair investidores para construir e operar empreendimentos que demandarão 12,6 bilhões de reais e somarão 6,8 mil quilômetros em extensão.

O certame ofertará 25 lotes de projetos, ante 22 anteriormente, com uma receita anual máxima total de 2,3 bilhões de reais, que pode cair a depender da competição entre eventuais interessados na licitação, segundo edital aprovado em reunião de diretoria da agência nesta terça-feira.

A Aneel já havia aprovado o documento antes, mas resolveu elevar a receita anual máxima oferecida aos investidores por cada lote em 10,2 por cento, com o objetivo de tornar os projetos mais atrativos diante de uma redução nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O banco de fomento anunciou no final de julho que financiará até 50 por cento dos empreendimentos do leilão pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), ante até 70 por cento anteriormente.

"Atualizamos também outras condições, entre elas a cotação do dólar... tudo isso leva a uma melhor estimativa, uma melhor realidade no valor da receita teto... traz a receita para uma situação mais realista, fica mais competitivo o leilão", afirmou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

Os vencedores terão entre 42 e 60 meses para construir as linhas após a assinatura dos contratos, estimada para novembro.

Os últimos leilões de linhas de transmissão têm visto diversos lotes de empreendimentos passarem sem atrair nenhuma proposta de investidores, em meio a um cenário de crédito escasso devido à crise econômica e a uma elevada percepção do mercado quanto a riscos de licenciamento ambiental no setor.

Texto atualizado às 10h19

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