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Alta no juro terá pouco impacto no crédito para consumo

São Paulo - A alta de 0,75 ponto porcentual da taxa básica de juros, a Selic de 8,75% para 9,50% ao ano, terá hoje impacto muito pequeno no custo dos financiamentos, aponta uma simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Contabilidade e Administração (Anefac). Em um financiamento de 60 meses para compra de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A alta de 0,75 ponto porcentual da taxa básica de juros, a Selic de 8,75% para 9,50% ao ano, terá hoje impacto muito pequeno no custo dos financiamentos, aponta uma simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Contabilidade e Administração (Anefac). Em um financiamento de 60 meses para compra de um veículo, cujo preço à vista é de R$ 25 mil, o acréscimo na prestação mensal será de R$ 10,89 ou de R$ 653,40 em cinco anos. O efeito é semelhante num empréstimo pessoal de R$ 1 mil, concedido pelos bancos e parcelado em 12 vezes. O acréscimo na prestação provocado pela alta dos juros é de centavos (R$ 0,38), e R$ 4,56 ao longo de todo o período.

Ontem, de seis instituições financeiras consultadas pela reportagem (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco PanAmericano, Banco do Brasil e Caixa), cinco não quiseram se pronunciar se fariam ou não o repasse da alta da Selic para o consumidor e informaram que iriam analisar a questão nos próximos dias. Somente a Caixa Econômica Federal informou, por sua assessoria de imprensa, que, por enquanto, não pretende alterar os juros. No ano passado, a Caixa reduziu os juros dos financiamentos nove vezes, informa a instituição, independentemente de a taxa de juros ter ficado estável em boa parte do período.

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Em um momento de disputa acirrada entre os bancos para conquistar uma fatia maior do mercado de crédito, é pouco provável que as instituições financeiras repassem essa elevação de custos para o consumidor, acredita o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, responsável pela simulação. Ele argumenta que, como o cenário macroeconômico de longo prazo é favorável, com perspectivas de continuidade de aumento do emprego e da renda, é pouco provável que as instituições financeiras queiram tirar o pé do acelerador do crédito para atenuar as pressões inflacionárias, como o governo deseja. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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