Alta do PIB permanece em 1,50%, aponta Focus
No fim de junho, o Banco Central reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de agosto de 2018 às 09h38.
Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 09h39.
Brasília - A expectativa de alta para o PIB este ano é de 1,50%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 1,53%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%, igual ao visto quatro semanas atrás.
No fim de junho, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano. Em 20 de julho, o Ministério do Planejamento também atualizou sua projeção, de 2,5% para 1,6%.
No relatório Focus de hoje, a projeção para a produção industrial de 2018 foi de alta de 2,91% para elevação de 2,85%. Há um mês, estava em 2,65%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, ante 3,05% verificados quatro semanas antes.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial subiu 13,1% em junho, em um movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros. Em maio, a produção industrial havia despencado 11%.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 foi de 54,90% para 54,25%. Há um mês, estava em 54,95%. Para 2019, a expectativa passou de 58,00% para 57,70%, ante os 58,00% de um mês atrás.
Déficit primário/PIB
O Relatório de Mercado Focus trouxe também mudança na projeção para a área fiscal em 2018. A relação entre o déficit primário e o Produto Interno Bruto (PIB) este ano foi de 2,05% para 2,00%. No caso de 2019, permaneceu em 1,50%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,10% e 1,50%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2018 seguiu em 7,40%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2019, permaneceu em 6,90%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,40% e 6,80%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Desde o início de julho, as projeções do mercado para o déficit primário e o déficit nominal são publicadas no Focus.