Economia

Alimentos pressionaram alta do IPC-S na 3ª prévia

A inflação do grupo subiu de 0,96% na quadrissemana anterior para 1,16% na leitura atual

Tomate foi um dos responsáveis pela aceleração dos preços (Hedwig Storch/Wikimedia Commons)

Tomate foi um dos responsáveis pela aceleração dos preços (Hedwig Storch/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 09h09.

São Paulo - O aumento no preço dos alimentos voltou a pressionar a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que subiu 0,06 ponto porcentual e ficou em 0,28% na terceira quadrissemana de julho. A inflação do grupo subiu de 0,96% na quadrissemana anterior para 1,16% na leitura atual e um dos maiores responsáveis pela aceleração foi o tomate, que passou de +35,35% para +57,06%, no período, mantendo-se no topo da lista dos itens com maior influência positiva no IPC-S. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Também destaque no grupo Alimentação foi o item hortaliças e legumes, que passou de 12,29% para 17,02%, entre a leitura atual e a anterior. A cenoura, que acelerou de 24,89% para 28,13% no período, entrou na lista dos itens que exerceram maior pressão de alta no IPC-S da terceira quadrissemana de julho, em quinto lugar.

Na sequência do tomate, vem o item refeições em bares e restaurantes, que pressionou a inflação do período apesar de ter desacelerado de 0,61% para 0,60%. Estão na lista das maiores pressões, ainda, a tarifa de ônibus urbano, mesmo com desaceleração de 1,37% para 0,84%, e o aluguel residencial, que passou de 0,42% para 0,48%, na comparação entre a quadrissemana imediatamente anterior e a leitura atual.

A deflação perdeu força entre os automóveis novos e usados, mas mesmo assim os itens exerceram as maiores influências negativas no IPC-S da terceira quadrissemana de julho. Enquanto o item automóvel novo passou de -1,92% para -1,11%, o automóvel usado variou de -2,55% para -2,22%. O etanol também diminuiu a deflação, ao passar de -1,73% para -1,65%, e a gasolina variou pouco (de -0,66% para -0,67%). Os dois itens também estão na lista dos que pressionaram para baixo o IPC-S atual. No grupo Transportes, a deflação perdeu força, passando de -0,46% para -0,41%.

Da segunda para a terceira quadrissemana, registraram alta também os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,16% para 0,35%), Habitação (0,16% para 0,18%), Despesas Diversas (0,34% para 0,41%) e Comunicação (0,12% para 0,19%). Os destaques dos grupos foram, respectivamente, hotel (de 1,03% para 1,68%), móveis para residência (de -1,08% para -0,05%), cigarros (de -0,61% para -0,38%) e tarifa de telefone residencial (0,38% para 0,61%).

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que desacelerou de 0,31% para 0,27%, teve como destaque o item medicamentos em geral, que passou de 0,17% para 0,13%. No grupo Vestuário, que ampliou deflação passando de -0,50% para -0,73%, o destaque foi do item roupas, que variou de -0,61% para -0,98%.

Acompanhe tudo sobre:Consumoeconomia-brasileiraEmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosInflaçãoIPCPreços

Mais de Economia

Empresas podem regularizar divergências em PIS e Cofins até novembro

Governo vai aplicar imposto de 15% sobre lucro de multinacionais

BC gasta até R$ 50 milhões ao ano para manter sistema do Pix, diz Campos Neto

Governo edita MP que alonga prazo de dedução de bancos e deve gerar R$ 16 bi de arrecadação em 2025