Exportações e importações: "trabalharemos para que a Aliança do Pacífico seja em toda a América Latina sinônimo de boas práticas", disse o presidente do Peru (Robyn Beck/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2015 às 17h18.
Paracas - Os mecanismos para aprofundar a integração no bloco, a entrada em vigor do Acordo Marco e a abertura para 10 novos países observadores foram os pontos de destaque da Declaração de Paracas, assinada nesta sexta-feira pelos presidentes da Aliança do Pacífico, ao término de sua 10ª Cúpula.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, que assumiu ontem a presidência temporária do bloco, fez o discurso de encerramento do encontro, iniciado nesta quinta-feira pela decisão do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, de voltar antes a Bogotá por causa das explosões na capital colombiana que deixaram oito feridos.
Em seu discurso, Humala disse que um dos desafios que assumirá durante a presidência pró témpore do bloco é o de transformar este organismo em "uma marca de qualidade" em educação, cooperação e em outros muitos aspectos.
"Trabalharemos para que a Aliança do Pacífico seja em toda a América Latina sinônimo de boas práticas", acrescentou.
No documento, que leva o nome do balneário peruano onde aconteceu a reunião, a 260 quilômetros ao sul de Lima, os governantes expressaram satisfação com a entrada em vigor no próximo dia 20 de julho do Acordo Marco, e pelos avanços no processo de aperfeiçoamento do Protocolo Adicional.
Este protocolo reduzirá em breve 92% das tarifas no comércio interno do bloco.
A Aliança também expressou sua vontade de "continuar estreitando" seus vínculos de cooperação com os 32 Estados observadores e deu as boas- vindas a Áustria, Dinamarca, Geórgia, Grécia, Haiti, Hungria, Indonésia, Polônia, Suécia e Tailândia.
Os governantes ratificaram seu "firme propósito de avançar na construção de uma área de integração profunda" e avaliaram as reuniões realizadas com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Ansea) e com o Mercosul.
Também se comprometeram a avançar na construção de uma área de integração profunda "que se materialize em uma cada vez maior livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas".
Nesse sentido, expressaram "que o livre-comércio e uma inserção efetiva no mundo globalizado, ainda em um momento em que a economia internacional nos impõe desafios, são ferramentas essenciais para nosso desenvolvimento econômico e social".
Os presidentes reconheceram que "dado o contexto global", a Aliança do Pacífico enfrenta "desafios, assim como grandes áreas de oportunidade para se consolidar como um grupo de economias emergentes comprometidas com a implementação de políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis".
Os líderes da Aliança do Pacífico começaram na quinta-feira suas atividades na cúpula com um fórum empresarial e tiveram encontros informais.
O dinamismo deste bloco atraiu vários países como observadores, e Costa Rica e Panamá se candidataram a se incorporar à Aliança, que constitui a oitava potência econômica e a oitava potência exportadora em nível mundial
Na América Latina e no Caribe, o bloco representa 37% do PIB, concentra 50% do comércio total e atrai 45% do investimento estrangeiro direto.