Economia

Alemanha pode perder 410 mil empregos com veículos elétricos

Em 2018, a indústria de veículos da Alemanha atingiu 834 mil postos de trabalho

Alemanha: produção de carros elétricos afetará os postos de trabalho na indústria automotiva (Thomas Niedermueller/Getty Images)

Alemanha: produção de carros elétricos afetará os postos de trabalho na indústria automotiva (Thomas Niedermueller/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 15h19.

Berlim — A mudança para veículos elétricos pode custar 410 mil empregos na Alemanha 2030, publicou o diário Handelsblatt nesta segunda-feira, citando fontes governamentais.

Apenas em motores e transmissões, cerca de 88 mil empregos estão em risco, afirmou o jornal, citando estudo da Plataforma Nacional para o Futuro da Mobilidade (NPM), um órgão de aconselhamento do governo alemão.

Os motores de carros elétricos usam menos componentes e precisam de menos manutenção que os modelos a combustão, o que pode gerar demissões, publicou o jornal citando a pesquisa.

Além disso, a produção de veículos será ainda mais automatizada e não será suficiente para manter o atual nível de emprego, afirmou o diário, citando o presidente do NPM, Henning Kagermann.

Em 2018, o emprego na indústria de veículos da Alemanha atingiu 834 mil postos de trabalho, o pico desde 1991. Como comparação, o Brasil, segundo a associação de montadoras Anfavea, empregou 125,6 mil pessoas, piso desde 2009.

A principal entidade do setor automotivo da Alemanha, a VDA, que afirmou em dezembro que mais postos de trabalho serão cortados em 2020 por causa da queda global nas vendas de veículos, disse que a previsão do NPM foi baseada em um "cenário extremo irrealista".

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAutomobilismoCarrosCarros elétricos

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação