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Alckmin afirma que nova âncora fiscal só será debatida em 2023

Não vai ser um governo gastador. Mas é preciso, de um lado, um mínimo para garantir a rede de proteção social, diz Alckmin

Alckmin: "A questão da ancoragem fiscal vai ser debatida com mais calma, não será nesse momento" (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2022 às 08h42.

Coordenador-geral do governo de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) reiterou ontem que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição vai tratar apenas do Auxílio Brasil - que voltará a se chamar Bolsa Família no próximo governo -, e afirmou que as discussões sobre uma nova âncora fiscal que poderá substituir o teto de gastos ocorrerão apenas no próximo ano.

"A PEC trata da questão do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil), que ambos os candidatos (Lula e Bolsonaro) defenderam na campanha. Não conheço nenhum partido que tenha se colocado contra. Vamos fazer agora o encaminhamento para o Congresso, e acho que o texto vai ser bem recebido", afirmou ele, no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde funciona o gabinete de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A questão da ancoragem fiscal vai ser debatida com mais calma, não será nesse momento", disse.

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Alckmin repetiu que, além dos R$ 600 mensais, o Auxílio Brasil vai garantir o pagamento de R$ 150 por criança com menos de seis anos, com as contrapartidas de vacinação e matrículas nas escolas. "A primeira infância é prioridade absoluta", disse o vice-presidente eleito.

Alckmin afirmou ainda que o governo eleito vai trabalhar pela responsabilidade fiscal, mas disse que há a necessidade de ampliar os gastos públicos em 2023. "Não vai ser um governo gastador. Mas é preciso, de um lado, um mínimo para garantir a rede de proteção social e, de outro, o funcionamento do Estado. Não se pode parar obras, e é preciso ter um mínimo para investimento que vai ser importante para a retomada do crescimento."

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