Ahmadinejad diz que Conselho de Segurança tem leis atrasadas
Brasília - Depois de anunciar hoje (17) que se dispõe a enriquecer o urânio fora do território iraniano e a conversar com os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, criticou duramente o órgão. Segundo ele, o conselho se baseia em uma legislação ultrapassada, da década de 40, […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Depois de anunciar hoje (17) que se dispõe a enriquecer o urânio fora do território iraniano e a conversar com os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, criticou duramente o órgão. Segundo ele, o conselho se baseia em uma legislação ultrapassada, da década de 40, o que o leva a perder a confiança da comunidade internacional.
As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. "Os atos do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] são baseados na legislação do pós 2ª Guerra Mundial, que são leis reacionárias, que o faz perder o prestígio e a eficiência entre as nações do mundo", disse Ahmadinejad.
Nesta manhã, os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ahmadinejad, além do primeiro-ministro da Turquia, fecharam um acordo para que o Irã envie urânio levemente enriquecido a 3,5% para à Turquia - que enriquecerá o produto a 20% e o remeterá de volta ao Irã. O processo deve ser comunicado ao Conselho de Segurança e também à Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia), segundo os termos do acordo.
De acordo com as autoridades que acompanharam as negociações, Ahmadinejad se comprometeu a procurar o diálogo com os membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Inglaterra, França, China e Rússia. Apesar disso, o presidente iraniano não poupou críticas ao órgão das Nações Unidas.
Segundo Ahmadinejad, devem ser definidas novas linhas de atuação do Conselho de Segurança com base "na fé no Deus poderoso e bondoso", informou a Irna. O presidente propôs a criação de um comitê consultivo permanente, destinado a promover reuniões regulares com a participação de ministros das Relações Exteriores que deverão avaliar a convergência sobre as questões globais e regionais.