Economia

Aguinaldo diz que PEC da Tributária já garante que leis complementares sejam 'autoaplicáveis'

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) quer preparar um projeto de lei complementar autoaplicável, que será apresentado na Câmara

Se uma lei autoaplicável for já detalhada no projeto, não há necessidade de a Receita discriminar o processo (Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

Se uma lei autoaplicável for já detalhada no projeto, não há necessidade de a Receita discriminar o processo (Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 14h46.

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta quarta-feira, 28, que a emenda constitucional promulgada no ano passado já garante que as leis complementares sejam autoaplicáveis, ou seja, sem necessidade de regulamentações por parte da Receita Federal.

"A gente sempre defendeu que a proposta seja autoaplicável, que você tenha clareza disso, de forma simples, acho que isso a emenda constitucional já está garantindo", disse durante evento promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). "Deve ser o foco do Parlamento em buscar que essa legislação seja autoaplicável para não depender de regulamentação, de resolução, e instrução normativa. Isso é a interpretação do que você legisla, você termina até desvirtuando o que o legislador quis dizer", continuou.

Lei complementar autoaplicável

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) quer preparar um projeto de lei complementar autoaplicável, que será apresentado na Câmara, para dar continuidade à reforma tributária. Geralmente, as leis necessitam de regulamentações que ficam a cargo de órgãos supervisores e reguladores do governo.

Se uma lei autoaplicável for já detalhada no projeto, não há necessidade de a Receita discriminar o processo, cabendo ao órgão apenas detalhar a parte operacional dos procedimentos, já que as leis têm mais força do que regulamentação.

De acordo com o diretor estratégico da FPE, João Hummel, o principal objetivo do grupo formado por várias frentes parlamentares será trabalhar em leis autoaplicáveis e bem definidas, na construção de textos que não deem margem para diferentes interpretações por parte da Receita Federal. Ele também quer garantir o protagonismo do Legislativo na condução da pauta.

"O empoderamento do Legislativo vai dificultar a imposição do Executivo. Temos a condição e oportunidade de colaborar na qualidade do debate e qualificação dos parlamentares. Apresentar soluções concretas, propostas da sociedade civil. Ao mesmo tempo que o governo organiza sua proposta, vamos fazer a nossa aqui", disse Hummel.

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