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Agricultores desocupam sede do Incra

As principais reivindicações são a liberação de créditos para instalação dos assentamentos e a negociação das dívidas dos agricultores familiares

MST invade o prédio do Incra, em Brasília: segundo coordenador nacional da Conafer, há milhões de agricultores familiares sem conseguir acessar o crédito do Pronaf, porque não conseguem renegociar das dívidas (Antônio Cruz/ABr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 13h50.

Brasília – Cerca de 750 agricultores familiares e trabalhadores sem-terra desocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília . A ocupação do térreo e de dois andares do edifício começou às 4h30 desta segunda-feira (19). Os funcionários que chegaram para trabalhar pela manhã foram liberados.

O ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, esteve com representantes do movimento e propôs uma reunião para receber e discutir a pauta de reivindicações, desde que o prédio fosse desocupado. A reunião está agendada para às 14h.

Segundo o coordenador nacional da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais Familiares (Conafer), Carlos Lopes, as principais reivindicações são liberação de créditos para instalação dos assentamentos, negociação das dívidas dos agricultores familiares, celeridade ao cronograma de desapropriação das áreas destinadas à reforma agrária e distribuição de terras para as famílias que vivem acampadas em diferentes regiões do país.

“Estamos com milhões de agricultores familiares sem conseguir acessar o crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] porque não conseguem fazer renegociação das dívidas, que são provenientes de assistência técnica deficiente, de uma política de acesso à terra precária e de processos de seca. A reforma agrária está emperrada. É uma pauta antiga dos movimentos rurais e queremos respostas”, disse Lopes.

Francisco de Assis Loyola, de 39 anos, que faz parte do Movimento Brasileiro de Sem Terra (MBST), defendeu a regularização do Acampamento 10 de Junho, no bairro Ponte Alta, no Gama (DF), que tem 222 famílias acampadas.


“Estamos acampados na [estrada] vicinal 341 há um ano e três meses e queremos que o governo regularize a situação e dê a terra a quem vai plantar. Somos agricultores familiares. Estamos lá para plantar e cuidar da terra”, disse Loyola.

Além de sem-terra do MBST, havia agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento de Luta pela Terra (MLT) e da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp).

Em nota, o Incra disse que representantes do movimento foram recebidos pela direção do instituto em abril, quando foi firmado o compromisso de que a pauta apresentada teria seus primeiros resultados apresentados pela autarquia neste mês de agosto.

“Em continuidade a esse processo de análise das demandas, foram realizadas reuniões de trabalho nos meses de maio e junho e a reunião subsequente estava agendada para a próxima quarta-feira (21)”, disse o comunicado do Incra.

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O ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, esteve com representantes do movimento e propôs uma reunião para receber e discutir a pauta de reivindicações, desde que o prédio fosse desocupado. A reunião está agendada para às 14h.

Segundo o coordenador nacional da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais Familiares (Conafer), Carlos Lopes, as principais reivindicações são liberação de créditos para instalação dos assentamentos, negociação das dívidas dos agricultores familiares, celeridade ao cronograma de desapropriação das áreas destinadas à reforma agrária e distribuição de terras para as famílias que vivem acampadas em diferentes regiões do país.

“Estamos com milhões de agricultores familiares sem conseguir acessar o crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] porque não conseguem fazer renegociação das dívidas, que são provenientes de assistência técnica deficiente, de uma política de acesso à terra precária e de processos de seca. A reforma agrária está emperrada. É uma pauta antiga dos movimentos rurais e queremos respostas”, disse Lopes.

Francisco de Assis Loyola, de 39 anos, que faz parte do Movimento Brasileiro de Sem Terra (MBST), defendeu a regularização do Acampamento 10 de Junho, no bairro Ponte Alta, no Gama (DF), que tem 222 famílias acampadas.


“Estamos acampados na [estrada] vicinal 341 há um ano e três meses e queremos que o governo regularize a situação e dê a terra a quem vai plantar. Somos agricultores familiares. Estamos lá para plantar e cuidar da terra”, disse Loyola.

Além de sem-terra do MBST, havia agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento de Luta pela Terra (MLT) e da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp).

Em nota, o Incra disse que representantes do movimento foram recebidos pela direção do instituto em abril, quando foi firmado o compromisso de que a pauta apresentada teria seus primeiros resultados apresentados pela autarquia neste mês de agosto.

“Em continuidade a esse processo de análise das demandas, foram realizadas reuniões de trabalho nos meses de maio e junho e a reunião subsequente estava agendada para a próxima quarta-feira (21)”, disse o comunicado do Incra.

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