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AES Tietê busca aquisições em energia eólica e solar

Esses eventuais negócios podem ajudar a cumprir a meta de ter até 2020 cerca de 50% da geração de caixa proveniente de empreendimentos não hidrelétricos

Energia eólica: o avanço desses empreendimentos, no entanto, não deverá se dar no curto prazo (Thinkstock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 3 de março de 2017 às 13h35.

São Paulo - A geradora AES Tietê segue analisando oportunidades de aquisição nos segmentos de energia eólica e solar do Brasil mesmo após anunciar recentemente um pré-acordo com a Renova Energia para a compra do complexo eólico Alto Sertão II, enquanto tem folga nos indicadores de alavancagem, disseram executivos da companhia em teleconferência com investidores nesta sexta-feira.

O presidente da elétrica, Ítalo Freitas, ressaltou que vê esses eventuais negócios como importantes para cumprir uma meta anunciada na divulgação dos resultados da companhia de 2016, de ter até 2020 cerca de 50 por cento da geração de caixa proveniente de empreendimentos não hidrelétricos e com contratos regulados de longo prazo.

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"A gente está vendo boas oportunidades no mercado, estamos analisando algumas... tanto solar quanto eólica, e em diferentes estágios, alguns em construção, já finalizando, outras já em operação há algum tempo", explicou, após questionamento de analistas.

Por outro lado, a AES Tietê seguirá desenvolvendo projetos de termelétricas a gás natural que possui em portfólio, mas para deixá-los "na prateleira", prontos para serem inscritos em futuros leilões para a contratação de energia.

O avanço desses empreendimentos, no entanto, não deverá se dar no curto prazo, dada a baixa demanda por eletricidade, que limita a realização de novos leilões, e dificuldades para viabilizar projetos a gás, segundo os executivos da companhia.

Outro foco da empresa será o desenvolvimento da área de serviços em energia, que inclui consultorias e instalação de placas solares em telhados, entre outros negócios.

Na teleconferência, os diretores da AES Tietê destacaram que as metas de expansão para além de hidrelétricas representam uma tentativa da empresa de "mitigar o risco hidrológico", em meio a chuvas abaixo da média histórica no Brasil nos últimos anos.

Fôlego extra

O diretor financeiro da AES Tietê, Francisco Morandi, destacou que, mesmo após a aquisição anunciada junto à Renova, a empresa ainda tem forte capacidade de alavancagem para fechar novos negócios.

Segundo ele, os limites de endividamento acertados junto a credores possibilitariam à AES Tietê uma alavancagem adicional de cerca de 1,5 bilhão de reais, após o negócio com a Renova.

A AES Tietê deverá assumir 1,1 bilhão de reais da dívida do complexo eólico a ser comprado da Renova, e a transação incluirá ainda um pagamento de 650 milhões de reais à empresa de geração renovável.

"Nossa equipe está empenhada para concluir a due dilligence e fechar o contrato de compra e venda desse ativo", disse o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda.

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