Economia

Aéreas querem que SP corte ICMS do querosene de aviação

No Distrito Federal, a redução representará uma renúncia fiscal de cerca de 130 milhões de reais, segundo estimativa da Secretaria da Fazenda do DF


	Aviação: atualmente Congonhas opera com 34 pousos e decolagens por hora, sendo 30 de aviação comercial e 4 de aviação regional.
 (SXC.Hu)

Aviação: atualmente Congonhas opera com 34 pousos e decolagens por hora, sendo 30 de aviação comercial e 4 de aviação regional. (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 15h27.

São Paulo - Após o governo do Distrito Federal ter reduzido a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no combustível de aviação, as maiores empresas aéreas do país querem que o Estado de São Paulo faça o mesmo.

Segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca, dos quatro Estados que concentram a maior parte do tráfego aéreo brasileiro, São Paulo tem a maior alíquota, de 25 %.

"Minas Gerais e Rio já têm alíquota de 12 % há alguns anos. Brasília tinha 25 % e a partir de 25 de maio passa a ser de 12 %. O único Estado que mantém os 25 % é São Paulo", afirmou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

Ele acrescentou que a entidade pretende pedir redução do ICMS ao governo paulista, mas não especificou quando.

No Distrito Federal, a redução representará uma renúncia fiscal de cerca de 130 milhões de reais, segundo estimativa da Secretaria da Fazenda do DF.

De acordo com Sanovicz, os quatro Estados concentram aproximadamente 65 % do tráfego aéreo brasileiro.

Às 13h52, a ação da Gol na Bovespa dava um salto de 9,1 %, a 12,60 reais. Era a maior alta do Ibovespa, que no mesmo horário avançava 0,57 %.

Ajuda do governo

Sanovicz considerou positiva a decisão do ministro da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Fraco, de encomendar um estudo para ajuda às companhias aéreas via BNDES, mas afirmou que as empresas não têm como prioridade obter financiamentos.


"Não é assunto que para nós seja prioridade", disse. "A fórmula de precificação do combustível, a unificação do ICMS no país, a revisão do código de aeronáutica e a aceleração dos investimentos em infraestrutura são os temais que entendemos como vitais", acrescentou.

No início de abril, Moreira Franco afirmou à Reuters que pediu ao BNDES e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estudos para ajuda às companhias aéreas.

Congonhas

A Associação também espera uma definição nas próximas semanas sobre a polêmica envolvendo a distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) no aerorporto de Congonhas.

Em fevereiro, a Anac iniciou uma audiência pública para discussão sobre novos procedimentos de utilização dos slots em aeroportos que operem no limite de sua capacidade, sendo que entre as propostas, estava a redistribuição dos slots atuais.

"Agora aguardamos da definição do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e seguimos em compasso de espera", disse Sanovicz. "Estamos na expectativa de que em duas semanas (tenha uma definição)".

As empresas aéreas querem que quatro horários de pouso e decolagem (slots) para a aviação geral no aeroporto de Congonhas sejam transferidos para a aviação comercial, elevando para 34 os slots para voos comerciais.

Atualmente Congonhas opera com 34 pousos e decolagens por hora, sendo 30 de aviação comercial e 4 de aviação regional. O terminal também tem slots de oportunidade para horários de pico. (Por Roberta Vilas Boas, edição Aluísio Alves)

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