Economia

Acordo sobre dívida grega reduz risco de contágio, diz IIF

No total, 95,7% dos credores da Grécia se comprometeram a participar do perdão da dívida helena

Segundo o presidente do IIF e do Deutsche Bank, Josef Ackermann, a aceitação representa uma oportunidade única para que o país aprofunde as reformas já empreendidas (Carlos Alvarez/Getty Images)

Segundo o presidente do IIF e do Deutsche Bank, Josef Ackermann, a aceitação representa uma oportunidade única para que o país aprofunde as reformas já empreendidas (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 11h14.

Redação Central - O Instituto de Finanças Internacionais (IIF), no qual estão os credores privados da dívida grega, assegurou nesta sexta-feira que a aceitação voluntária das condições da troca da dívida por parte da maioria deles reduz o risco de contágio a outros mercados da zona do euro.

No total, 95,7% dos credores da Grécia se comprometeram a participar do perdão da dívida helena, segundo confirmou a Autoridade de Gestão da Dívida Pública (PDMA) desse país.

Segundo o organismo, os detentores privados de 152 bilhões de euros em dívida grega (85,8%) - dos 177 bilhões do total - aceitaram o perdão de forma voluntária.

Em comunicado, o diretor do IIF, Charles Dallara, indicou que o acordo sobre a troca, a maior reestruturação de dívida soberana da história, permitirá à Grécia abordar as reformas necessárias e reduzir os importes que deverão ser refinanciados entre 2012 e 2020.

Segundo o presidente do IIF e do Deutsche Bank, Josef Ackermann, o fato de a maioria dos credores ter aceitado o acordo de forma voluntária representa uma oportunidade única para que o país aprofunde as reformas já empreendidas, e ao mesmo tempo reforça a capacidade da zona do euro para consolidar um ambiente de estabilidade e crescimento.

Ackermann lembra que na última reunião do conselho de Governo do IIF ficou claro que o sucesso da operação de troca permitiria à Grécia financiar-se com mais facilidade e empreender o caminho da recuperação econômica.

Estes passos, prossegue Ackermann, são fundamentais para solucionar os problemas fiscais e de dívida soberana na zona do euro, assim como para recuperar a estabilidade financeira indispensável para fomentar o crescimento econômico e o emprego. 

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