Economia

À espera do Fies

Nesta segunda-feira o Ministério da Educação (MEC) abre o sistema para renovar os contratos do financiamento estudantil Fies para o 1º semestre de 2017. O prazo vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016, ou seja, para quem já está na faculdade. Os brasileiros que aguardam novas etapas do programa para iniciar […]

ESTUDANTES: entrea 2010 e 2014, instituições de ensino receberam 40 bi de reais do Fies  / Germano Lüders

ESTUDANTES: entrea 2010 e 2014, instituições de ensino receberam 40 bi de reais do Fies / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 19h18.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

Nesta segunda-feira o Ministério da Educação (MEC) abre o sistema para renovar os contratos do financiamento estudantil Fies para o 1º semestre de 2017. O prazo vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016, ou seja, para quem já está na faculdade. Os brasileiros que aguardam novas etapas do programa para iniciar seus estudos terão que esperar um pouco mais.

As novas inscrições – que tradicionalmente acontecem em janeiro – estão previstas para fevereiro, segundo o MEC. Por enquanto, pouco se sabe o que será do programa. Em dezembro, o MEC anunciou que as regras para o Fies continuam as mesmas de 2016. O anúncio foi tido como um alívio para as grandes redes de ensino do país – já que havia o temor de que o Fies pudesse deixar de existir, em meio à crise.

As maiores instituições privadas do país dependem diretamente do programa. Entre 2010 e 2014 – durante a melhor fase do Fies – o governo gastou mais de 30 bilhões de reais para pagar as mensalidades de 1,5 milhão de estudantes em universidades particulares. Na Kroton, maior rede de ensino do país, 46% dos alunos de graduação presencial estão na universidade por meio de contrato do Fies.

Não se sabe ainda quantas vagas serão ofertadas e nem qual será o volume de recursos destinado ao Fies em 2017. Assim como já vinha sendo feito, o número de vagas vai depender: da demanda das instituições, do orçamento disponível, do conceito do curso, das áreas que o governo eleger como prioritárias.

Em uma audiência na Câmara dos Deputados em novembro, o ministro da Educação, Mendonça Filho, chegou a dizer que em 2017 mais de 71.500 vagas seriam adicionadas às 320.000 de 2016. Com a crise fiscal do governo, especialistas acreditam que o número é pouco provável. Enquanto nada é anunciado, milhares de brasileiros – e um punhado de grandes empresários – esperam.

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