Economia

70 mil empresas devem voltar para Previdência, diz Levy

Segundo ministro, 37 mil "estarão felizes" em poder optar pela mudança de regime de desoneração da folha de pagamento porque o sistema atual não é vantajoso


	Joaquim Levy: ministro frisou que medida representa ganho de eficiência do uso de recursos públicos
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Joaquim Levy: ministro frisou que medida representa ganho de eficiência do uso de recursos públicos (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 18h02.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira, 27, que, atualmente, para algumas companhias, o regime atual de desoneração da folha de pagamento é prejudicial.

Levy explicou que o modelo atual favorece 89 mil empresas, prejudica 37 mil e favorece 12 milhões de empregos.

"Nossa expectativa é de que 70 mil empresas vão voltar para o regime da Previdência", disse.

Segundo ele, 37 mil "estarão felizes" em poder optar pela mudança de regime porque o sistema atual não é vantajoso.

Levy fez questão de frisar que essa medida representa um ganho de eficiência do uso de recursos públicos.

Ele relatou que 55 mil empresas ainda ficarão com a desoneração da folha, companhias que geram 7 milhões de empregos.

"Não vamos esquecer que os R$ 25 bilhões (total de desonerações com o modelo antigo) fazem falta na Previdência. Nesse momento, o Tesouro não pode pagar R$ 25 bilhões no lugar de tantas empresas", argumentou.

Durante a apresentação das medidas, ele calculou que, com a mudança, R$ 12 bilhões a mais serão destinados para a Previdência Social.

"Esse é objetivo do que estamos fazendo. Com a evolução da economia, as empresas vão continuar operacionais. Muitas empresas que estão na desoneração da folha não competem lá fora", disse.

O ministro calculou ainda que para este ano o ganho da Previdência será de R$ 5,3 bilhões.

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