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7 coisas que o Chile tem e o Brasil não tem

Adversário do Brasil nas oitavas de final tem personagens como Neruda e Pinochet em sua história e economia com perfil radicalmente diferente da nossa

Chi-Chi-Chile (Naxsquire/WikimediaCommons)

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de junho de 2014 às 08h43.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h08.

São Paulo - O Chile tem uma economia aberta, com juros baixos, muito investimento e crescimento vigoroso - o exato oposto da nossa. Parece um bom modelo, mas é difícil comparar dos países de tamanhos e perfis tão diferentes - especialmente levando em conta a dependência que o Chile tem de um só produto. Veja 7 coisas que o Chile tem e o Brasil não tem - na economia, geografia, história e arte:
  • 2. Investimento e crescimento

    2 /9(Morten Andersen/Bloomberg)

  • Veja também

    Enquanto a taxa de investimento como participação do PIB no Brasil não consegue sair da faixa de 18%, a do Chile gira em torno de 25% já faz algum tempo. Uma das consequências é que nosso vizinho cresceu a uma média de 5,1% anuais nos últimos 3 anos, enquanto o Brasil ficou em 2%.
  • 3. A maior produção de cobre do mundo

    3 /9(Wikimedia Commons)

  • Em se tratando de cobre, nenhum país chega perto das 5 milhões de toneladas que o Chile produz por ano (e das 190 milhões em reservas que o país ainda tem para explorar). No entanto, a importância do produto acaba tornando o país vulnerável às flutuações de preço e aos humores da demanda chinesa.
  • 4. Economia (bem) aberta

    4 /9(Rawderson Rangel/Wikimedia Commons)

    Até pelo seu foco em um produto, o Chile celebrou o maior número de acordos de livre-comércio do planeta: 22, com 60 países, incluindo China e EUA. Somadas, importações e exportações são mais de 68% do PIB chileno, o que torna a economia do país uma das mais abertas do mundo. No Brasil, essa taxa é de 26%.
  • 5. Juros de 4%

    5 /9(Banco Central de Chile)

    Há duas semanas, o Banco Central do Chile decidiu manter a taxa de juros do país em 4%. A última reunião do Comitê de Política Monetária do nosso Banco Central também resolveu não mexer na Selic - que está em 11%. Ao contrário do nosso, o BC no Chile é formalmente independente, mas as razões para o contraste tem mais a ver com diferenças estruturais e na taxa de inflação acumulada: 4,3% por lá e 6,3% por aqui.
  • 6. Um ditador preso

    6 /9(AFP)

    Augusto Pinochet chegou ao poder por um golpe militar e governou o Chile entre 1974 e 1990, período em que foi responsável pelo desaparecimento de 3 mil pessoas e a tortura de outras milhares, segundo a Anistia Internacional. Em 1998, ele estava em Londres quando foi preso por ordem de um juiz espanhol, que pediu sua extradição com base na legislação internacional de crimes contra a humanidade. O caso se arrastou e Pinochet acabou liberado por razões médicas para voltar ao Chile, onde morreu em 2006.
  • 7. A Cordilheira dos Andes

    7 /9(Jorge Morales Piderit/Wikimedia Commons)

    Repleta de vulcões (outra coisa que o Brasil não tem), a Cordilheira dos Andes é a maior formação do tipo no mundo e atravessa 7 países do norte ao sul do continente. Ela é responsável por algumas populares estâncias de esqui no Chile, como Valle Nevado, mas seu ponto de maior altura, o Aconcágua, fica na vizinha Argentina .
  • 8. Um poeta vencedor do Nobel

    8 /9(Wikimedia Commons)

    Pablo Neruda é um dos poetas em língua espanhola mais populares e reconhecidos da história, com uma obra que vai do erotismo e do amor romântico até narrativas épicas e de ativismo político. Ele venceu o prêmio Nobel de Literatura em 1971 e morreu de câncer na próstata no dia 23 de setembro de 1973 - duas semanas depois da morte do seu amigo Salvador Allende e do golpe.
  • 9 /9(Buda Mendes/Getty Images)

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