Economia

53,6% dos brasileiros pretendem presentear alguém no Natal

Pesquisa da Fecomércio-RJ e do Instituto Ipsos mostra que 53,6% dos entrevistados pretendem presentear alguém no próximo Natal, menos que no ano passado


	Enfeites em árvore de Natal: instituições estimam que 77,6 milhões de brasileiros irão às compras
 (Stock.xchng/Uros Kotnik)

Enfeites em árvore de Natal: instituições estimam que 77,6 milhões de brasileiros irão às compras (Stock.xchng/Uros Kotnik)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 19h43.

Rio de Janeiro - Pesquisa feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e pelo Instituto Ipsos com mil consumidores de todo o país apurou que 53,6% dos entrevistados pretendem presentear alguém no próximo Natal.

No mesmo período de 2013, o percentual era maior: 54,9%.

A partir da pesquisa, as instituições estimam que 77,6 milhões de brasileiros irão às compras no comércio, no Natal, o que deverá injetar na economia brasileira em torno de R$ 22,6 bilhões, informou o economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ.

O gasto por pessoa deve ficar em torno de R$ 290,61, acima da média histórica de R$ 282,31. No entanto, o valor é 4,48% menor do que a média observada em 2013 (R$ 304,26).

“É um movimento que a gente está vendo agora às vésperas do Natal que é análogo ao que tem ocorrido no varejo, ao longo do ano. É um consumidor mais seletivo, que enfrentou o aumento dos juros, uma inflação resistente, uma confiança relativamente em baixa. Então, você tem um cenário para o varejo no Natal que é condizente com a realidade de economia morna”, avaliou Travassos.

O economista lembrou que, ainda assim, o varejo tem se destacado em comparação com a economia como um todo. “O Natal é uma data importante e vai movimentar um volume de recursos e de produtos bastante significativo. E em um ambiente de economia morna, isso se torna mais relevante.”

Segundo Christian Travassos, os empresários vão apostar no Natal para que o movimento possa compensar o desempenho modesto da atividade no ano. Ele observou, entretanto, que o ano foi morno na atividade, sob o impacto da produção industrial e não pelo comércio em si. “Porque tem um monte de brasileiro comprando no exterior e importando pela internet. O problema, no Brasil, não está no comércio, está na produção”, reforçou.

O pagamento à vista, em dinheiro, foi apontado por 86,2% dos consultados como a forma a ser mais utilizada, o que sinaliza, segundo a Fecomércio-RJ, que o brasileiro não quer entrar em 2015 com dívidas. Travassos salientou, ainda, que embora tenha ocorrido uma redução no gasto por pessoa para os presentes no Natal, não houve alteração nos últimos quatro anos no produto preferido no país, que são roupas e acessórios, apontados por 42,9% dos pesquisados.

Lojas de rua têm a preferência dos brasileiros para as compras natalinas, com 75,8% das respostas, seguidas de shopping centers (35,5%) e supermercados (6,3%).

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