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51,3% dos empresários planejam demitir em breve, diz CNC

Índice mostra que a avaliação dos empresários sobre a economia continuou piorando, e 51,3% dos entrevistados planejam demitir nos próximos meses

Real: em março, 86,3% dos empresários apontaram piora no ambiente econômico (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 16h46.

Rio - A avaliação dos empresários sobre a situação da economia continuou piorando em março, e a visão geral é de que a atividade já debilitada desacelerou ainda mais no primeiro trimestre deste ano.

Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 7,7% ante fevereiro, ao menor nível da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde 2011.

Além disso, o indicador migrou pela primeira vez para a zona desfavorável, abaixo de 100 pontos. "A confiança do comércio continua descendo a ladeira sem freio e no escuro", sintetizou o economista da CNC Fabio Bentes.

Além da atividade, o emprego no setor também deve ter deterioração.

Segundo a CNC, 51,3% dos empresários do comércio planejam demitir nos próximos meses.

"Não vislumbramos geração de vagas no comércio este ano", afirmou o economista. A entidade ainda trabalha com um saldo nulo, mas a perspectiva ainda pode piorar. "Obviamente não se pode descartar queda nas contratações", disse.

Revisão

Diante do quadro, a entidade já prevê uma nova revisão de sua estimativa para as vendas no varejo restrito (sem veículos e material de construção).

Hoje em 1%, essa projeção deve ficar menor quando saírem os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, referentes a fevereiro.

"Existe a possibilidade de termos um resultado negativo este ano. Vai depender de quão longa será a recessão na atividade. Quanto maior ela for, maiores as chances de haver uma queda nas vendas", afirmou Bentes.

A principal pedra no caminho dos comerciantes é o próprio ritmo da economia.

Em março, 86,3% dos empresários apontaram piora no ambiente econômico. Há ainda insatisfação com o mau momento do setor, citada por três a cada quatro entrevistados.

Aumento dos juros, acesso ao crédito mais difícil, inflação elevada, comprometimento da renda das famílias e saldo cada vez menor de geração de vagas no país contribuem para achatar a demanda por bens.

O índice de expectativas, que seria o primeiro a reagir em um cenário de melhora na confiança, continua mergulhando.

Em março, registrou a sexta queda consecutiva. "O cenário de deterioração ainda é esperado para os próximos meses", disse Bentes.

Desde o segundo trimestre de 2014, o comércio vem tendo o pior desempenho entre todas as atividades no Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com igual período do ano anterior.

A deterioração do início deste ano, porém, deve trazer resultados igualmente ruins para o primeiro trimestre, avaliou Bentes.

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Rio - A avaliação dos empresários sobre a situação da economia continuou piorando em março, e a visão geral é de que a atividade já debilitada desacelerou ainda mais no primeiro trimestre deste ano.

Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 7,7% ante fevereiro, ao menor nível da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde 2011.

Além disso, o indicador migrou pela primeira vez para a zona desfavorável, abaixo de 100 pontos. "A confiança do comércio continua descendo a ladeira sem freio e no escuro", sintetizou o economista da CNC Fabio Bentes.

Além da atividade, o emprego no setor também deve ter deterioração.

Segundo a CNC, 51,3% dos empresários do comércio planejam demitir nos próximos meses.

"Não vislumbramos geração de vagas no comércio este ano", afirmou o economista. A entidade ainda trabalha com um saldo nulo, mas a perspectiva ainda pode piorar. "Obviamente não se pode descartar queda nas contratações", disse.

Revisão

Diante do quadro, a entidade já prevê uma nova revisão de sua estimativa para as vendas no varejo restrito (sem veículos e material de construção).

Hoje em 1%, essa projeção deve ficar menor quando saírem os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, referentes a fevereiro.

"Existe a possibilidade de termos um resultado negativo este ano. Vai depender de quão longa será a recessão na atividade. Quanto maior ela for, maiores as chances de haver uma queda nas vendas", afirmou Bentes.

A principal pedra no caminho dos comerciantes é o próprio ritmo da economia.

Em março, 86,3% dos empresários apontaram piora no ambiente econômico. Há ainda insatisfação com o mau momento do setor, citada por três a cada quatro entrevistados.

Aumento dos juros, acesso ao crédito mais difícil, inflação elevada, comprometimento da renda das famílias e saldo cada vez menor de geração de vagas no país contribuem para achatar a demanda por bens.

O índice de expectativas, que seria o primeiro a reagir em um cenário de melhora na confiança, continua mergulhando.

Em março, registrou a sexta queda consecutiva. "O cenário de deterioração ainda é esperado para os próximos meses", disse Bentes.

Desde o segundo trimestre de 2014, o comércio vem tendo o pior desempenho entre todas as atividades no Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com igual período do ano anterior.

A deterioração do início deste ano, porém, deve trazer resultados igualmente ruins para o primeiro trimestre, avaliou Bentes.

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