5 rotas de fuga para a crise do euro
Wolfson Economics Prize oferece 250 mil libras ao economista que traçar o melhor plano B caso um dos países da zona do euro abandone a moeda
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2012 às 17h23.
São Paulo – Em busca de uma solução para a crise que aflige a zona do euro , chefes de estado vêm se reunindo e discutindo o problema à exaustão nos últimos meses. O economista que propuser uma alternativa viável pode levar 250 mil libras (mais de 700 mil reais) para casa.
Este é o prêmio oferecido ao vencedor do Wolfson Economics Prize, que desafia os economistas mais brilhantes do mundo a traçarem um plano para que um ou mais países deixem a zona do euro sem que o caos se estabeleça.
Não por acaso, os organizadores do concurso são britânicos – a Inglaterra sempre foi um dos países mais céticos em relação ao bloco, tendo optado por manter sua moeda em vez de abraçar o euro.
Ao todo, 425 propostas foram enviadas (i nclusive uma de um jovem de apenas 11 anos de idade ). O vencedor será conhecido em 5 de julho.
Veja, a seguir, as propostas dos cinco finalistas, anunciados ontem:
Roger Bootle: “abracem a desvalorização”
Roger Bootle, da Capital Economics, acredita que os problemas técnicos derivados da troca de moeda podem ser solucionados. Para ele, os países em dificuldade devem abraçar a desvalorização da moeda. “É parte da solução, não do problema”, argumenta. Segundo a proposta, esses países precisam se tornar mais competitivos e a única maneira de fazer isso sem causar um desastre ou recorrer ao calote é deixando a zona do euro.
Jonathan Tepper: “o calote é a saída”
A proposta de Jonathan Tepper, da Variant Perception, se baseia em exemplos anteriores de colapsos de moedas em países como Tchecoslováquia , Paquistão, Bangladesh e Índia . Seu argumento é de que os colapsos podem ser superados no longo prazo. “Quando os gregos, portugueses ou espanhóis deixarem a zona do euro, suas moedas valerão menos e isso cria um problema”, diz. Para Tepper, esses países vão ter que dar o calote e o euro vai se tornar mais competitivo via desvalorização.
Jens Nordvig: “quanto valem os ativos?”
A proposta de Jens Nordvig foca nos aspectos legais da determinação de valor dos ativos da eurozona no evento de um colapso. O argumento é que não será fácil para os administradores públicos redefinir os valores de ativos que estão fora da sua jurisdição legal. A solução seria criar uma unidade de conversão monetária, similar á usada antes da criação do euro, para redefinir os valores de maneira justa e eficiente.
Neil Record: “abandonar o navio”
O argumento de Neil Record é que, a menos que se tenha um plano B, o caos vai imperar. Ele defende que a Alemanha, eixo de sustentação da zona do euro, e possivelmente a França, junto com um pequeno grupo, devem criar um plano secreto de ação para abandonar o euro por completo caso a saída de um país se torne inevitável. A introdução de moedas nacionais deve acontecer o mais rápido possível e deve haver um plano para lidar com o legado do euro.
Catherine Dobbs: “dois pesos, duas medidas”
A solução proposta por Catherine Dobbs é a criação de um novo euro mais fraco para os países onde a desvalorização é rápida e outro mais forte para os países mais prósperos, como Alemanha, Áustria e Holanda.
São Paulo – Em busca de uma solução para a crise que aflige a zona do euro , chefes de estado vêm se reunindo e discutindo o problema à exaustão nos últimos meses. O economista que propuser uma alternativa viável pode levar 250 mil libras (mais de 700 mil reais) para casa.
Este é o prêmio oferecido ao vencedor do Wolfson Economics Prize, que desafia os economistas mais brilhantes do mundo a traçarem um plano para que um ou mais países deixem a zona do euro sem que o caos se estabeleça.
Não por acaso, os organizadores do concurso são britânicos – a Inglaterra sempre foi um dos países mais céticos em relação ao bloco, tendo optado por manter sua moeda em vez de abraçar o euro.
Ao todo, 425 propostas foram enviadas (i nclusive uma de um jovem de apenas 11 anos de idade ). O vencedor será conhecido em 5 de julho.
Veja, a seguir, as propostas dos cinco finalistas, anunciados ontem:
Roger Bootle: “abracem a desvalorização”
Roger Bootle, da Capital Economics, acredita que os problemas técnicos derivados da troca de moeda podem ser solucionados. Para ele, os países em dificuldade devem abraçar a desvalorização da moeda. “É parte da solução, não do problema”, argumenta. Segundo a proposta, esses países precisam se tornar mais competitivos e a única maneira de fazer isso sem causar um desastre ou recorrer ao calote é deixando a zona do euro.
Jonathan Tepper: “o calote é a saída”
A proposta de Jonathan Tepper, da Variant Perception, se baseia em exemplos anteriores de colapsos de moedas em países como Tchecoslováquia , Paquistão, Bangladesh e Índia . Seu argumento é de que os colapsos podem ser superados no longo prazo. “Quando os gregos, portugueses ou espanhóis deixarem a zona do euro, suas moedas valerão menos e isso cria um problema”, diz. Para Tepper, esses países vão ter que dar o calote e o euro vai se tornar mais competitivo via desvalorização.
Jens Nordvig: “quanto valem os ativos?”
A proposta de Jens Nordvig foca nos aspectos legais da determinação de valor dos ativos da eurozona no evento de um colapso. O argumento é que não será fácil para os administradores públicos redefinir os valores de ativos que estão fora da sua jurisdição legal. A solução seria criar uma unidade de conversão monetária, similar á usada antes da criação do euro, para redefinir os valores de maneira justa e eficiente.
Neil Record: “abandonar o navio”
O argumento de Neil Record é que, a menos que se tenha um plano B, o caos vai imperar. Ele defende que a Alemanha, eixo de sustentação da zona do euro, e possivelmente a França, junto com um pequeno grupo, devem criar um plano secreto de ação para abandonar o euro por completo caso a saída de um país se torne inevitável. A introdução de moedas nacionais deve acontecer o mais rápido possível e deve haver um plano para lidar com o legado do euro.
Catherine Dobbs: “dois pesos, duas medidas”
A solução proposta por Catherine Dobbs é a criação de um novo euro mais fraco para os países onde a desvalorização é rápida e outro mais forte para os países mais prósperos, como Alemanha, Áustria e Holanda.