São Paulo - Nessa semana, o boletim Focus acusou uma diminuição na expectativa de crescimento do PIB brasileiro por parte do mercado – de 2,01% para 1,90%, número que já estava nas previsões de alguns economistas. A expectativa de crescimento do PIB foi impactada pela divulgação, na semana passada, do índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, que recuou 0,02% em maio, na comparação com abril, e é considerado uma prévia do PIB. Desde o final de 2011, a projeção de crescimento do PIB brasileiro já mudou várias vezes. Clique nas imagens ao lado e veja cinco projeções recentes para o crescimento do PIB brasileiro em 2012.
O economista e presidente da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, mantém a expectativa de crescimento do PIB entre 1% e 2% em 2012 desde o segundo semestre de 2011. Naquela época, o governo brasileiro projetava um aumento de 5% no PIB e a maior parte dos economistas, de 3,5%. “O problema não é o que poderia estar sendo feito agora, mas o que deveria ter sido feito em 2010 e início de 2011, no período de bonança”, afirmou Amorim sobre as medidas que poderiam ser adotadas pelo governo para contornar a situação.
3. Alexandre Schwartsman: entre 1,5% e 2%zoom_out_map
3/7(Germano Lüders/EXAME.com)
A projeção de Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central, é que o PIB cresça entre 1,5% e 2% em 2012. Schwartsman acredita que, ao contrário do que ocorreu em 2008/2009, sob as condições atuais (levando em consideração, principalmente, o desemprego baixo) o tipo de política que foi adotada naquela época acaba gerando efeitos muito distintos: Enquanto o setor de serviços pode repassar o aumento de custos para seus preços, o setor manufatureiro, em geral, não consegue, o que afeta a produção industrial e o PIB.
A previsão de crescimento do PIB segundo Maílson da Nóbrega, ex-Ministro da Fazenda e consultor na Tendências, é de 1,9% - em linha com a indicada no último relatório Focus. Para o economista, “tudo indica” que esse número deve permanecer nas próximas projeções do boletim. Sobre a declaração da presidente Dilma Rousseff, de que o PIB não é a melhor medida da grandeza de um país, o economista afirmou que o indicador não é perfeito mas não foi inventado nenhum melhor até hoje.
A projeção de crescimento do PIB segundo o Itaú seguiu uma onda de revisão para baixo. De 3,5% ela caiu para 3,1%, depois para 2% e chegou aos 1,9%. Para o economista Caio Megale, há fatores temporários e estruturais que explicam o crescimento mais baixo do indicador no Brasil. O banco acredita que parte do impacto causado por fatores temporários vai diminuir e projeta um crescimento de 1,4% do PIB no quarto trimestre.
As informações sobre a atividade econômica no segundo trimestre confirmaram que o ritmo de expansão segue bastante moderado, segundo o Bradesco, o que levou o banco a uma previsão de crescimento de 2,1% do PIB brasileiro em 2012. O Bradesco espera que o ritmo seja melhor no segundo semestre do que no primeiro. O Bradesco destacou algumas medidas anunciadas pelo governo para impulsionar a economia, como a queda da TJLP e o PAC Equipamentos. Para o banco, é relevante avaliar se o conjunto de estímulos atualmente aplicado sobre a economia será suficiente para se contrapor à deterioração do cenário internacional – e permitir que o PIB cresça mais nos próximos trimestres.
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